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Por Bruno Giufrida e Felippe Costa — Rio de Janeiro

Bruno Giufrida

A vida de treinador não é fácil. Mesmo com a vitória por 3 a 2, em São Januário, sobre um adversário que disputará a Série A nesta temporada, Alberto Valentim sentiu o peso da pressão da torcida do Vasco. Ele foi xingado e chamado de burro por ter sofrido o segundo gol pouco depois da substituição de Thiago Galhardo por Andrey na reta final. O time está invicto na temporada em 13 jogos e conquistou o título da Taça Guanabara.

- Primeiro, o torcedor cantou mais uma vez muito forte. Se pegar depois o áudio, tomamos um gol e já começaram a cantar que era o time da virada. Virou um caldeirão isso aqui. Torcedor, às vezes, escolhe um jogador do banco para entrar. Mas eu preciso trabalhar com a razão e não com a emoção. Eu entendo o torcedor. O Vasco tem uma tradição muito grande com a base. Eu entendo esse torcedor. Mas eu preciso trabalhar com a razão. Preciso pensar no Vasco. O Thiago já não estava bem fisicamente, me pede para sair. Minutos antes ele me pede para sair. Eu fico vendo as alterações que eu poderia ter feito e as que eu fiz, mas hoje eu não vejo que o Lucas poderia entra. Friamente falando - disse Valentim.

Confira trechos da entrevista coletiva

Análise do time

"Saímos atrás no marcador e eu pedi muito aos jogadores que tivessem muita tranquilidade para jogar. Temos de lembrar que é um jogo de ida e volta. Conseguimos a vantagem. Da forma que acontece o segundo gol, com a equipe jogando muito bem, é lógico que fica ruim. Mas eu gostei. Responderam bem. O Maxi vem crescendo. Acabei de falar que ele vem crescendo. Ele precisa do físico. Qualquer jogador precisa do físico para desempenhar um bom futebol. E ele está evoluindo fisicamente".

Substituições

"Eu queria deixar o time mais ofensivo. O Pikachu estava bem no jogo. A ideia era para que ele trocasse se precisasse com o Thiago. O Rossi é um jogador que vem crescendo fisicamente e tem nos ajudado. Hoje é muito legal que eu tenho de ficar quebrando cabeça com um leque de opções no banco. É bom. Dá uma discussão. É legal isso".

Gols sofridos

"Tem a jogada do adversário, claro, mas também tem o erro da fase defensiva. Não falo só lá de trás, começa lá na frente. Mas sem problema nenhum. É muito difícil entrar na nossa defesa. Eu não abro mão dos vídeos, que mostra as coisas defensivas e ofensivas. Eu falei mesmo quando vocês elogiaram a nossa fase defensiva que precisaríamos estar muito atentos. Estou muito satisfeito, mas sempre tem de fazer a cobrança".

Bruno César

"Não tem regra que o Bruno não pode jogar com o Thiago. Uma coisa que eu gosto é que sempre vamos ter uma linha de quatro. Nunca vamos trabalhar com uma linha de três".

Danilo Barcelos

"Quando vamos fazendo avaliações e buscando características, buscamos também jogadores que têm a bola parada. Temos Winck, Danilo, Bruno César, o Yan, que chegaram agora. O Ramon sempre chega antes para treinar isso. O único pedido que eu fiz foi para que o Danilo não atravessasse mais o campo para bater escanteios e faltas do lado direito. O pênalti eu defino quem vai bater. Falta, escolhemos quem são os batedores, porque ali é momento. A posição, quem se sente melhor. A batida na bola dele é muito boa. Ele tem uma batida muito boa na bola parada. Não só nas bolas paradas, mas em movimento também. E em cima de treinamentos. Não adianta só ter o dom se não treinar. É mérito. O jogador sabe que precisa evoluir".

Galhardo adiantado

"O Thiago é um camisa 10 que se movimenta bastante. Eu tinha pedido que se movimentasse, mas que tivéssemos um outro jogador que fizesse essa troca para que preenchêssemos bem o espaço (com Maxi)".

— Foto: Divulgação

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