Por G1 Ribeirão Preto e Franca


O secretário municipal de Educação de Ribeirão Preto (SP), Felipe Elias Miguel — Foto: Aline Pereira/ Câmara de Ribeirão Preto

O secretário municipal de Educação Felipe Elias Miguel considera inviável a volta das atividades presenciais nas escolas públicas de Ribeirão Preto (SP) em setembro.

Em audiência realizada na Câmara na quarta-feira (19), onde foram discutidas propostas para a reabertura das unidades, ele disse que não há condições de receber os alunos de forma segura, ainda que inicialmente por meio de atividades de reforço.

A retomada de atividades opcionais, a partir de 8 de setembro, foi autorizada pelo estado dentro da fase amarela do Plano São Paulo, com restrições no número de estudantes nas salas e garantia de distanciamento entre eles.

"Neste momento não há nenhuma decisão quanto à retomada, nenhum cronograma de retomada. A gente aguarda a aprovação dos protocolos para fazer todas as aquisições", disse.

Desde o dia 23 de março as atividades presenciais nas escolas estão suspensas na cidade por conta da pandemia do novo coronavírus. A previsão inicial para a retomada era 1º de junho. Depois, passou para 1º de julho.

Enquanto isso, os 47 mil estudantes das 108 escolas da Secretaria Municipal de Educação fazem aulas online ou por meio de transmissões de TV.

Prognóstico complicado

Ouvido pela comissão de educação do Legislativo, Elias Miguel disse considerar outubro um cenário mais favorável para a volta das aulas, com protocolos prontos, e discutidos por um comitê intersetorial, para garantir a segurança dos estudantes e funcionários, de professores a profissionais de apoio e cozinheiros, principalmente os incluídos nos grupos de risco da Covid-19.

Segundo ele, as primeiras aquisições de equipamentos de proteção individual foram feitas pela Prefeitura. Por outro lado, o secretário considera complicado fazer previsões diante da incerteza causada pela pandemia.

"Acho também muito complicado a gente fazer um prognóstico, falar que daqui a quatro, cinco ou seis meses só que as aulas devem voltar. (...) Qual é a garantia de que ano que vem haverá também condições mais favoráveis que agora?"

Ele também mencionou que a pasta tem analisado uma forma de atender tanto aqueles que querem a permanência dos filhos em casa quanto aqueles que, por dificuldades como de acesso ao ensino remoto, pedem a volta às aulas presenciais na rede pública.

"Se for decidida a retomada, a gente deve considerar uma flexibilização na frequência dos alunos para compatibilizar aqueles pais que preferem seus filhos em casa com aqueles pais que preferem que seus filhos frequentem [as aulas]. A gente tem que atender a todos", disse.

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