01/12/2006 - 06h06m - Atualizado em 01/12/2006 - 06h17m
TÓQUIO - Aiko, a princesa japonesa que durante parte de sua infância parecia destinada a ocupar o Trono do Crisântemo, completou nesta sexta-feira (1°) 5 anos.
Ela brinca enquanto se decide qual será seu destino: o de uma pessoa comum, caso se case e perca seu status imperial, ou o de primeira imperatriz reinante do Trono do Crisântemo, se for modificada a Lei de Sucessão, algo por enquanto improvável.
A menina comemorou o aniversário com os seus pais, o príncipe herdeiro Naruhito, de 46 anos, e a "princesa triste" Masako, de 42, antes de visitar seus avós, o imperador Akihito e a imperatriz Michiko, no Palácio Imperial de Tóquio.
A agência de imprensa da Casa Imperial divulgou nesta sexta-feira imagens de Aiko no palácio do bairro de Akasaka, montando um pônei branco chamado "Milk" (leite, em inglês). A princesa oferece ao cavalo uma cenoura e se assusta com um movimento do animal, que depois aceita o alimento.
Segundo um porta-voz da Casa Imperial, a menina, que começou a ir à escola este ano e é filha única, gosta de ajudar a sua mãe a preparar sua merenda, brincar com bichos de pelúcia e andar de bicicleta.
Fã de sumô, esporte nacional no Japão, ela costuma assistir às lutas na televisão quando volta da escola, segundo o porta-voz do príncipe herdeiro.
Este é um aniversário muito diferente para a pequena princesa. No ano passado, quando completou 4 anos, o Japão debatia a possibilidade de reformar a Lei de Sucessão, que estabelece que só os homens podem herdar o trono do imperador. Na época, ele só tinha três netas.
No entanto, o nascimento do príncipe Hisahito, em 6 de setembro, mudou o destino de Aiko.
Hisahito, filho de Akishino, segundo filho do imperador, é o primeiro homem a nascer na família imperial em quatro décadas. Ele é o terceiro na linha de sucedessão do seu avô, Akihito, de 71 anos, após seu tio, Naruhito, e seu próprio pai.
No entanto, alguns setores ainda defendem uma reforma para que Aiko possa herdar o trono mais antigo do mundo.
Desde o seu casamento com o príncipe herdeiro, em 1993, Masako, que no Japão é conhecida como "a princesa triste" sofreu fortes pressões para tentar ter um filho homem. Quase oito anos depois do casamento, deu à luz Aiko. Já eram nítidas suas dificuldades para se adaptar ao protocolo.
Diplomata de carreira e plebéia, Masako mostrou sempre pouca simpatia pela vida dos membros da Casa Imperial do Japão. Em agosto de 2004 foi diagnosticada com "transtorno adaptativo", sintomas de ansiedade e depressão.
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