O deputado federal reeleito Celso Ubirajara Russomanno (PP-SP) é
investigado em três inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal
Federal (STF), por agressão física, crime eleitoral e peculato
(quando servidor público se apropria de dinheiro ou qualquer bem
a que tenha acesso em razão do cargo). Russomanno é o segundo
deputado federal mais votado de São Paulo, com 573.524 votos.
No inquérito 2126, o procurador-geral da República,
Cláudio Fonteles acusa Russomanno de ter agredido uma
funcionária do Incor em outubro de 2002 e de ter danificado
dependências do hospital.
Resposta do deputado
Em nota, Russomanno afirma que exigiu atendimento médico à sua mãe, que estava em estado grave e que os funcionários tentaram impedí-lo.
"No meio da confusão, chamei a polícia e segurei no braço de uma enfermeira que posteriormente entrou com um processo de agressão", afirmou.
O deputado é investigado no inquérito 1645 por crime eleitoral supostamente
cometido durante sua campanha para prefeito de Santo André, no
ABC Paulista, em
2000.
Morador em São Paulo à época, Russomanno afirma que transferiu
seu domicílio eleitoral para Santo André antes de se candidatar.
De acordo com Russomanno, o partido de oposição apresentou
impugnação da transferência alegando que ele não residia no
município.
Russomanno responde ainda ao inquérito 1926,
em que é acusado de crime contra a administração pública e
peculato. Russomanno nega a acusação.
"O inquérito dura oito anos e ainda não reuniu provas para a abertura de um processo", disse. De acordo com ele, o fato surgiu com a emissão de um documento assinado indevidamente por uma secretária parlamentar demitida.