Rio Bairros

Conselho de Educação Física fiscaliza condomínios com academia que não possuem responsável técnico

Lei estadual obriga os edifícios a terem um profissional de educação física na função. Na Barra e Recreio, de 24 prédios fiscalizados apenas um estava regular
Conselho de Educação Física fiscaliza condomínios com academia mas sem professor Foto: Flavia Ferreira / Divulgação
Conselho de Educação Física fiscaliza condomínios com academia mas sem professor Foto: Flavia Ferreira / Divulgação

RIO — Condomínios que possuem academias precisam ter um profissional de educação física cadastrado como responsável técnico junto ao Conselho Regional de Educação Física (CREF1). A lei estadual 8070/2018 já está valendo e o edifício que não cumpri-la pode ser multado em cerca de R$ 3400. Desde o início do ano, 24 condomínios na região da Barra da Tijuca e do Recreio foram fiscalizados pelo CREF e apenas em um deles a nova lei estava sendo cumprida.

Além de ser um profissional de educação física registrado no conselho, o papel do responsável técnico é garantir que sejam cumpridas todas as normas, resoluções e leis relacionadas ao funcionamento das academias.

Apesar da obrigatoriedade dos condomínios, o morador pode contratar um profissional de fora para acompanhá-lo. Hoje muito populares, os aplicativos de planos de treino, mesmo aqueles feitos por profissionais de educação física, não torna a presença do professor dispensável:

— É preciso ter sempre uma supervisão do profissional. Apesar de alguns treinos de aplicativos serem desenvolvidos por professores, só um no local poderá perceber a angulação correta, assegurar a carga específica para não causar uma lesão, para não fazer o exercício de forma errada — alerta Giovanna Pereira, supervisora de fiscalização do CREF1.

Publicada em 2018, a nova lei deu um prazo de 6 meses para os condomínios se adequarem a novas normas. Dentre os casos flagrados pelo conselho este ano, nenhum deles sequer haviam solicitado o registro do condomínio no órgão, como determina a nova legislação.

Na região da Barra da Tijuca e Recreio, somente o ano passado, o CREF1 flagrou 15 casos de exercício ilegal da profissão nas áreas de Crossfit, musculação, treinamento Funcional, futvôlei, eletroestimulação e beach tennis. Em todo o estado do Rio foram 334 casos de pessoas exercendo ilegalmente a profissão.