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20/12/09 - 22h43 - Atualizado em 20/12/09 - 22h40

Polícia encontra a inscrição "Arbeit macht frei" roubada de Auschwitz

Da France Presse

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VARSOVIA, Polónia, 20 dez 2009 (AFP) - A polícia polonesa anunciou ter encontrado a placa com a inscrição "Arbeit macht frei" roubada na entrada do campo nazista de extermínio em Auschwitz-Birkeneau, no sul da Polônia.


"Detivemos no norte da Polônia cinco homens de idades compreendidas entre 20 e 39 anos. A inscrição foi encontrada, cortada em pedaços", declarou à AFP o porta-voz da polícia de Cracóvia, Dariusz Nowak.


A placa com a frase em alemão "Arbeit macht frei" (O trabalho nos faz livres) simboliza, para a maioria, o cinismo sem limites da Alemanha nazista.


O roubo do item foi considerado uma verdadeira profanação.


"Foi um ato abominável que remete à profanação e que constitui um novo testemunho do ódio e da violência contra os judeus", disse Sylvan Shalom, ministro israelense do Desenvolvimento Regional.


O Memorial do Holocausto em Jerusalém (Yad Veshem) também manifestou sua indignação.


"Este ato constitui uma verdadeira declaração de guerra, cometido por indivíduos cuja identidade desconhecemos, embora suponho que tenham sido neonazistas movidos pelo ódio contra os estrangeiros", disse o presidente do Memorial, Avner Shalev.


"Ter colocado essa inscrição na entrada do campo de extermínio, onde a esperança de sobrevivência estava reduzida a nada, mostrava o cinismo atroz dos nazistas", comentou Pawel Sawicki, porta-voz do museu de Auschwitz.


O slogan vulgarizado pelo pastor alemão Lorenz Diefenbach, morto em 1886, em seu livro "Arbeit Macht Frei", foi retomado pelos nazistas em 1930.


No início, os nazistas o utilizavam com fins de propaganda na luta contra o elevado desemprego na Alemanha, mas, anos mais tarde, se converteu num slogan dos campos de trabalho e extermínio alemães.


A ideia de utilizá-la nos campos é atribuída ao SS Theodor Eicke, um dos chefes da concepção e organização das redes de campos nazistas.


"Arbeit macht frei" figurava na entrada dos campos de Dachau, Gross-Rosen, Sachsenhausen, Theresienstadt, Flossenburg e Auschwitz, o maior de todos os campos de extermínio.


Fabricada em julho de 1940 por um prisioneiro polonês, o ferreiro Jan Liwacz, a inscrição de Auschwitz é de aço, mede cinco metros e tem uma particularidade: a letra B da palavra Arbeit está invertida.


Segundo uma interpretação perpetuada pelos sobreviventes, o B invertido simbolizava insubmissão e a resistência à opressão nazista, explicou Sawicki.


Quando, em 27 de janeiro de 1945, o exército soviético libertou Auschwitz, a inscrição foi desmontada e ia ser levada para o Leste de trem.


No entanto, Eugeniusz Nosal, um prisioneiro polonês recém-libertado, subornou um guarda soviético com uma garrafa de vodca para recuperá-la.


Escondida durante dois anos na prefeitura de Oswiecim (nome polonês do campo de Auschwitz), a inscrição voltou a seu lugar original em 1947, quando o campo de extermínio virou museu e memorial.


Entre 1940 e 1945, o regime nazista alemão exterminou 1,1 milhão de pessoas em Auschwitz-Birkenau.


sw/fp/cn


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