Tecnologia

Por Reuters


Países da região amazônica travam disputa em órgão de registro com a varejista Amazon pelo direito do domínio ".Amazon" — Foto: Peter van der Sleen/Nature

A Amazon está próxima de vencer uma batalha de 7 anos contra 8 países da América Latina pelo domínio ".amazon". Os países argumentam que esse domínio deveria ser usado para designações na internet sobre a Amazônia — eles argumentam que o termo se refere à região geográfica e não deve ser o monopólio de uma empresa.

A empresa busca ter o direito sobre o domínio desde 2012.

A Corporação Global da Internet para Atribuição de Nomes e Números (Icann), que supervisiona endereços na internet, disse nesta segunda-feira (20) que decidiu prosseguir com o pedido da Amazon, após o fim de um período para que as partes interessadas chegassem a um acordo.

Esse prazo vence no mês passado e as oito nações que dividem a maior floresta tropical do mundo e a empresa de tecnologia não conseguiram chegar a um meio termo.

Agora, segundo o Icann, o processo, da forma como foi proposto pela Amazon, ficará sujeito a consulta pública por mais 30 dias.

Brasil lamenta

O Brasil se pronunciou nesta segunda, por meio do Ministério das Relações Exteriores, afirmando que o Icann deveria ter optado pela governança compartilhada do domínio.

"Preocupa que uma decisão daquela entidade [Icann] deixe de considerar adequadamente o interesse público identificado por oito governos, em particular a necessidade de defender o patrimônio natural, cultural e simbólico dos países e povos da região amazônica", disse o Itaramaty, em nota.

O que diz a Amazon

Ao G1, a Amazon afirmou que está disposta a trabalhar com os governos para "proteger a cultura e herança dos povos da região amazônica".

“Nós reconhecemos e levamos a sério as preocupações dos governos regionais da Amazônia relacionados ao uso do domínio. A Amazon está ansiosa para trabalhar com esses governos para implementar nosso Compromisso de Interesse Público, conforme propusemos, para proteger a cultura e herança dos povos da região amazônica, ao mesmo tempo em que nos permite o uso do domínio de primeiro nível para apoiar nossa marca mundialmente reconhecida e continuar a surpreender e encantar nossos clientes”, disse a empresa.

Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!

Mais lidas

Mais do G1

Sugerida para você