O labrador Angus veio do Rio Grande do Sul e tem três anos. Ele recebeu tratamento especial para ajudar na terapia das crianças que estão na unidade, como explica Tatiane, psicóloga do HSI.

"A gente chama Angus de 'cão de terapia'. Ele, na verdade, atua como co-terapeuta. Angus teve um treinamento específico para fazer as intervenções [de tratamento] junto com a equipe de profissionais", diz Tatiane, que é especialista nesse tipo de ação.

Para ela, o primeiro benefício do tratamento com Angus é o bem-estar das crianças. "A gente vê pelas carinhas deles. Todo mundo se diverte e a gente [profissionais] também. Eles ficam extremamente à vontade e a gente consegue fazer muito mais intervenções. A resposta [do tratamento] é muito mais rápida, porque eles [pacientes] ficam mais participativos, ficam mais motivados, têm um interesse maior", complementa a psicóloga.

Além das brincadeiras com Angus, as crianças dão muito carinho ao animal, que responde da mesma forma.

Deise Santos, mãe de um dos pacientes, aprova a co-terapia de Angus no tratamento do filho: "É interessante. Todos nós sabemos que o animal sempre faz a criança reagir melhor. A visita do Angus valeu a pena", avaliou.

Para ter acesso à área onde as crianças estão internadas, Angus é bem tratado e toma todas as vacinas, como esclarece a coordenadora do serviço Psicologia Hospitalar do HSI, Ana Lúcia Freitas.

"O Hospital Santa Izabel teve esse cuidado, tanto com os pacientes quanto com ele. Conhecemos todo o processo de Angus, o prontuário dele através da veterinária. Além disso, nosso serviço de controle de infecção hospitalar, que avaliou tudo para que houvesse um alinhamento e um cuidado com os pacientes e também com o cão", pondera Ana Lúcia.