Com o avanço da tramitação da reforma da Previdência no Congresso Nacional, o número de pedidos de aposentadoria em julho deste ano aumentou 64% em relação a junho, segundo dados enviados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Entre aposentadorias por idade e por tempo de contribuição, foram feitos 235.484 requerimentos em julho, contra 153 mil no mês anterior.

A expectativa pela aprovação das novas regras pode estar relacionada à corrida dos trabalhadores para se aposentar. No entanto, o INSS ressalta que "o segurado que já possui o direito adquirido, ou seja, já tem as condições necessárias para requerer a aposentadoria, não tem motivos para antecipar o processo, uma vez que eventuais mudanças nas regras de concessão não o afetará".

De fato, o diretor do Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev), Luiz Felipe Veríssimo, aponta que os trabalhadores que já atendem aos requisitos para dar entrada na aposentadoria não têm com o que se preocupar. No entanto, ele aconselha que os segurados confiram seus dados junto ao INSS para verificar se já têm direito ao benefício:

— A gente indica que as pessoas façam a simulação no site do INSS para conferir se o tempo de contribuição está de acordo com o que a pessoa sabe que trabalhou. Se não estiver, o ideal é que a pessoa regularize sua situação o quanto antes, seja atualizando o CNIS (extrato previdenciário que consta do Cadastro Nacional de Informações Sociais) ou pagando contribuições atrasadas. Se fizer isso antes de a reforma ser aprovada, ela garante que poderá se aposentar pelas regras atuais — explica.

Para quem já pode se aposentar, mas não tem os requisitos para obter o benefício integral, a recomendação é fazer as contas e verificar se vale a pena optar pelas regras atuais ou continuar contribuindo e se aposentar daqui a algum tempo, já pelas novas regras, mas com benefício maior.

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