A então secretária de Educação Básica Tania Leme de Almeida em foto de 22 de janeiro, durante a cerimônia de posse dos novos conselheiros do Conselho Nacional de Educação (CNE), entre o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrigues, e o presidente do CNE, Luiz Roberto Liza Curi — Foto: Andre Sousa/MEC
Em reunião do Conselho Nacional de Educação (CNE) nesta terça-feira (26), a agora ex-secretária Tania Leme de Almeida disse que o pedido de demissão do ministério é um preço a ser pago por uma educação de qualidade e para permitir o andamento dos projetos.
"A gente respira educação, a gente dorme educação, acorda educação, come educação. O quanto custa a gente poder permitir que os projetos tenham andamento? Se isso custa, de repente, eu estar no ministério, que isso possa realmente ser um preço que eu pago. E que a educação possa ser de qualidade no nosso país", disse.
A engenheira e professora pediu demissão do cargo nesta segunda-feira (25). A informação foi confirmada à TV Globo pela assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC). No entanto, a pasta não informou o motivo por trás do pedido de saída.
Mudanças no MEC
Nas últimas semanas, uma série de mudanças foi feita nos cargos do alto escalão do MEC. No dia 11, a Casa Civil publicou, em uma edição extra do "Diário Oficila da União", a exoneração de seis cargos, incluindo o chefe de gabinete do ministro, o secretário-executivo adjunto, três diretores e um assessor especial.
Na mesma edição do DOU, três desses seis cargos receberam nomeações, inclusive o de secretário-executivo adjunto, para o qual Rubens Barreto da Silva foi nomeado.
No dia seguinte, o ministro exonerou Luiz Antônio Tozi do cargo de secretário-executivo, considerado o "número 2" do MEC. Ele indicou, por meio de uma rede social, que seu substituto seria Barreto.
Já no dia 14, Vélez informou que o cargo de Secretária-Executiva seria ocupado por Iolene Lima, que é ligada a uma igreja batista do Interior de São Paulo e foi diretora de um colégio religioso paulista.
Na época, Vélez não informou se Barreto ocuparia outro cargo na pasta.
Iolene Lima, porém, nunca chegou a ser oficialmente nomeada para o cargo. No dia 22, ela publicou em sua conta no Twitter que não faria mais "parte do grupo do MEC".