Economia

Emprego com carteira assinada no país cai para menor nível da série histórica

Número de trabalhadores formais ficou em 32,9 milhões no primeiro trimestre

Foto: Leo Martins / Agencia O Globo
Foto: Arquivo
Foto: Leo Martins / Agencia O Globo Foto: Arquivo

RIO - O número de trabalhadores com carteira assinada no país caiu para o menor nível da série histórica em março. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) contínua do IBGE, divulgada nesta sexta-feira, o Brasil tinha 32,9 milhões de empregados formais no fim do primeiro trimestre, o menor patamar desde 2012, início da série histórica. Esse contingente caiu 1,2% em relação ao quarto trimestre de 2017 e recuou 1,5% frente a igual período do ano passado.

A taxa de desemprego brasileira recuou para 13,1% no primeiro trimestre do ano, em relação ao desempenho do mercado de trabalho em igual período de 2017, quando foi de 13,7%.

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O perfil da geração de emprego nos últimos meses, concentrada muito no trabalho informal, tem sido apontado por especialistas como um dos fatores a dificultar uma retomada mais consistente da atividade econômica.

O trabalhador informal ou que atua por conta própria costuma ser mais reticente na hora de tomar empréstimos ou voltar a consumir. Como a renda do informal é mais instável, esse trabalhador tende a ser mais cauteloso com os gastos.

Na hora de tentar arrumar um emprego, especialistas afirmam que é fundamental ter um bom currículo. Veja o vídeo abaixo para saber como se preparar.

O currículo é o seu cartão de visitas para a empresa. Qual deve ser o formato dele? Como preencher as experiências profissionais? O Boa Chance, caderno de carreiras do O Globo, busca responder as principais dúvidas sobre o mercado de trabalho.
O currículo é o seu cartão de visitas para a empresa. Qual deve ser o formato dele? Como preencher as experiências profissionais? O Boa Chance, caderno de carreiras do O Globo, busca responder as principais dúvidas sobre o mercado de trabalho.

Em quatro anos, entre o primeiro trimestre de 2014 e o mesmo período de 2018, o Brasil perdeu 4 milhões de trabalhadores com carteira assinada.

— O que estamos vendo hoje é uma desaceleração da perda do trabalho com carteira e não uma recuperação — avaliou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

O número de empregados sem carteira de trabalho ficou em 10,7 milhões de pessoas no primeiro trimestre. É um contingente 533 mil maior em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

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O número de trabalhadores por conta própria atingiu 23 milhões – ficou estável em relação ao trimestre anterior, mas teve acréscimo de quase 900 mil trabalhadores em relação há um ano atrás.