Por Raquel Moraes, RPC Cascavel e G1 PR — Curitiba


Corpo da ex-ginasta Ana Paula Scheffer é enterrado, em Toledo — Foto: Raquel Moraes/RPC

O corpo de Ana Paula Scheffer, ex-atleta da seleção brasileira de ginástica rítmica, foi enterrado por volta das 15h deste domingo (18) no Cemitério Jardim da Saudade, em Toledo, no oeste do Paraná.

Ela foi encontrada morta em casa na sexta-feira (16). Ana Paula tinha 31 anos, foi medalhista nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, e trabalhava atualmente como técnica.

A família dela suspeita de infarto. O primeiro exame realizado pelo Instituto Médico-Legal (IML), no entanto, foi inconclusivo sobre a causa da morte.

Ana Paula Scheffer foi encontrada morta em Toledo, no Paraná — Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Despedida e homenagens

A missa de corpo presente ocorreu nesta manhã na cripta da Catedral Cristo Rei.

Por causa das medidas de prevenção contra o coronavírus, apenas 50 pessoas puderam ficar dentro da cripta onde o corpo foi velado. Originalmente, a capacidade do local é de 100 pessoas.

Corpo da ex-ginasta Ana Paula Scheffer foi velado, em Toledo — Foto: Anna Flávia Nunes/RPC Cascavel

Alunas de ginástica rítmica, amigas e colegas de competição manusearam fitas coloridas e fizeram um corredor com rosas nas mãos, em homenagem à Ana Paula.

Em seguida, o caixão foi levado em um caminhão do Corpo de Bombeiros, que fez o cortejo pelo centro da cidade até o cemitério, onde ocorreu o sepultamento, com orações e aplausos.

Alunas de Ana Paula Scheffer fizeram um corredor com rosas na mão para o caixão dela passar neste domingo — Foto: Raquel Moraes/RPC

Morte

Segundo a família, Ana Paula Scheffer estava deitada na cama do quarto quando foi encontrada morta, por volta das 12h de sexta-feira pela mãe, Sonia Scheffer.

De acordo com a mãe, a filha não estava doente e não reclamava de dores no corpo.

"Ela era uma menina muito alegre, muito querida. Nunca me deu trabalho, era muito amorosa. Foi nosso orgulho, meus dois filhos são orgulhos para mim. Vai ser mais difícil, porque parece que é um sonho o que estou passando. A hora que cair a ficha vai ser difícil", disse a mãe.

Ana Paula Scheffer, ex-atleta da Seleção Brasileira de Ginástica, morre aos 31 anos

Ana Paula Scheffer, ex-atleta da Seleção Brasileira de Ginástica, morre aos 31 anos

Trajetória

Ana Paula Scheffer começou a treinar quando era criança na equipe de ginástica rítmica de Toledo. Ela representou o município em várias competições nacionais e internacionais, com destaque na categoria individual.

Enquanto jovem; conquistou medalhas em campeonatos paranaenses e brasileiros; e integrou a seleção brasileira de ginástica rítmica de 2005 a 2015.

Com a seleção, Ana Paula participou de quatro campeonatos mundiais, além dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro.

Em 2011, a atleta foi homenageada pela Câmara de Toledo com a Medalha Willy Barth pela dedicação e conquistas no esporte brasileiro e mundial como representante da cidade.

Segundo a equipe de ginástica rítmica de Toledo, Ana Paula era exigente e dedicada.

Após encerrar a carreira como atleta, passou a atuar como técnica da equipe na cidade de Cascavel (vizinha de Toledo).

Segundo a Confederação Brasileira de Ginástica, Ana Paula também trabalhou como treinadora nas seleções transitórias de ginástica rítmica Individual e de conjunto.

Atualmente, Ana Paula estava colhendo seus primeiros resultados como técnica, ao ver alunas em pódios, em competições brasileiras e sul-americanas.

Ana Paula Scheffer morava com os pais, em Toledo — Foto: Emanuel Rocha/CBG

Medalha no Pan de 2007

Ana Paula recebeu medalha de bronze no aparelho arco, nos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, em 2007.

Ana Paula recebeu medalha de bronze no aparelho Arco, nos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, em 2007 — Foto: ge/arquivo

Repercussão

A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) emitiu nota lamentando a morte da ex-ginasta.

Ana Paula foi uma das atletas de ginástica rítmica mais notáveis da geração dela, segundo a confederação.

“Ela é uma das atletas que construíram a nossa ginástica rítmica, que a transformaram em motivo de grande orgulho para os brasileiros. Além de inspirar, tinha um importante trabalho de formação de novas atletas no Paraná. Parte cedo demais, mas não será esquecida. Meus sentimentos aos familiares e amigos”, disse a presidente da CBG, Maria Resende.

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