Rio

Comandante da PM confirma que pretende acabar com 18 UPPs

Durante seminário que definiu os rumos da corporação em 2018, o coronel Wolney Dias afirmou que vai reforçar as 20 unidades que permanecerão
Wolney Dias, comandante da Polícia Militar
Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo
Wolney Dias, comandante da Polícia Militar Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

RIO - A Policia Militar tem estudo prevendo a redução de unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) de 38 para 20, revelou nesta quinta-feira o coronel Wolney Dias, comandante-geral da Polícia Militar. Segundo o comandante geral da corporação, 18 unidades seriam extintas ou teriam seus efetivos redimensionados.

O assunto foi discutido durante a conferência "O futuro começa hoje: ações da polícia militar 2018', que foi encerrado nesta quinta-feira, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no Centro do Rio. Durante dois dias, policiais militares discutiram cerca de 80 propostas, mas apenas 16 foram aprovadas para serem postas em práticas ainda este ano.

A redução da unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) foi assunto de discussão em dois painéis. No eixo um, os policiais defenderam "desmobilizar as UPPs visando a recuperação do efetivo na atividade finalista da PM"; no eixo dois, um grupo defendeu manter apenas 20 UPPs (o estado conta com 38) "realocando o efetivo das UPPs extintas, prioritariamente nas UPPs restantes".

- A redução no número de UPPs foi discutido, mas ainda está em estudo.  Quais seriam extintas? Não vou dizer por questões de segurança - revelou o coronel Wolney.

BLINDAGEM DE CARROS E UNIDADE

Durante o encerramento da conferência, o coronel afirmou ainda que a corporação planeja blindar unidades e viaturas com a ajuda da iniciativa privada . De acordo com ele, a PM possui cerca de R$5 milhões no orçamento para a ação. Pelo menos 100 veículos seriam blindados numa primeira etapa - vidros dianteiros e laterais, além dos detacamentos em áreas conflagradas.

As 16 propostas aprovadas na conferência foram entregues ao governador Luiz Fernando Pezão. Presente no encontro, ele lembrou que o crime organizado tem se movimentado no Rio por conta dos muitos acessos para ingressar com arma e drogas no estado.

Na quarta, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou que as ações conjuntas com as Forças Armadas no Rio entrarão em uma nova fase. A estratégia passará por bloqueios marítimos e aéreos para evitar a chegada de drogas e armas na cidade. Essas medidas complementarão as operações conjuntas que já estão sendo realizadas há alguns meses em parceria entre o Exército e a Policia Rodoviária Federal nas estradas.