• Redação Marie Claire
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Brigitte Macron  (Foto: Reprodução/ Instagram)

Brigitte Macron (Foto: Reprodução/ Instagram)

A primeira-dama da França, Brigitte Macron foi alvo de um comentário sexista no perfil de um internauta brasileiro. A publicação em questão zombava do físico da mulher de Emmanuel Macron e recebeu uma reação do perfil oficial do presidente Jair Bolsonaro. Desde então, brasileiras empáticas à ela saíram em sua defesa e usaram a hashtag #DesculpaBrigitte.

No sábado (24), um seguidor postou foto dos casais Macron e Bolsonaro em uma publicação do presidente brasileiro no Facebook, com a legenda: “Agora entende por que Macron persegue Bolsonaro?” O perfil do presidente respondeu: “Não humilha cara. Kkkkkkk”. O comentário ocorreu em meio a uma discussão pública com o presidente francês, que classificou o gesto de Bolsonaro como "triste" e sugeriu que o brasileiro não está à altura do cargo que ocupa.

De acordo com o jornal O Globo, Bolsonaro afirmou que não ofendeu Brigitte Macron e que disse para seguidor "não falar besteira". "Eu não botei aquela foto. Alguém que botou a foto lá e eu falei para ele não falar besteira. Não quero levar para esse lado. Questão pessoal, familiar, eu não me meto. Respeito o cara para não entrar nessa área", disse o presidente para a publicação na saída do Palácio da Alvorada nesta segunda-feira (26).

A hashtag #DesculpaBrigitte foi assunto mais falado no Twitter na segunda-feira. A primeira-dama da França agradeceu e se emocionou com as mensagens de apoio e anunciou um novo projeto de escola para adultos desempregados e que, a partir de setembro, Brigitte, que é uma professora aposentada, voltará às salas de aula para ensinar literatura. Até 2015, Brigitte ensinou literatura e teatro em escolas francesas.

O grupo apartidário Mulheres do Brasil emitiu um manifesto, por meio de seu núcleo de Paris, em apoio à primeira-dama da França. "Repudiamos qualquer tipo de atitude sexista ou machista e achamos que o dever de um presidente é repelir comportamentos deste tipo em vez de referendá-los. Somos um coletivo de 40 mil mulheres brasileiras de todas as idades, raças, credos e classes sociais, de diferentes cidades do Brasil e do exterior. De forma suprapartidária e a favor do diálogo, nos colocamos à disposição do presidente Jair Bolsonaro para apresentar dados sobre desigualdade entre gêneros, violência contra a mulher e misoginia, e também para pontuar modelos de políticas públicas que contribuem para a redução das disparidades, do preconceito e das taxas recordes de feminicídio que o Brasil coleciona".

Brigitte e Emmanuel Macron (Foto: Getty Images)

Brigitte e Emmanuel Macron (Foto: Getty Images)