BRASÍLIA — Na tentativa de dar uma sinalização positiva ao mercado e atrair investimentos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniu, nesta quinta-feira, com os líderes do governo para traçar um esforço concentrado no Congresso Nacional, a partir de 16 de novembro, um dia após o primeiro turno das eleições municipais.
A estratégia é retornar à agenda econômica pré-pandemia e acelerar projetos de corte de gastos, como as Propostas de Emenda Constitucional (PEC) Emergencial e do Pacto Federativo.
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O senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso, resumiu a estratégia como "volta para o futuro".
Também fazem parte da lista de projetos prioritários, a autonomia do Banco Central (BC), já aprovada no Senado, o marco regulatório do gás, a lei de falências e de cabotagem. Segundo Gomes, se for necessário o Congresso suspenderá o recesso de janeiro. Já as reformas administrativa e tributária ficarão mesmo para 2021.
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— Pode escrever, será a agenda de volta para o futuro. Será uma resposta do Executivo e do Congresso para estimular a retomada da economia. Faremos esse esforço a partir de 16 de novembro — disse Gomes.
— A reunião foi para falar das pautas positivas importantes para a retomada do crescimento, como lei de falência, gás, saneamento , autonomia do Banco Central , cabotagem. É nessa linha queremos avançar — reforçou o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR).
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Segundo os líderes, a solução para o Renda Brasil, novo programa social do presidente Jair Bolsonaro, não foi tratada na reunião, que aconteceu por teleconferência e também contou com a participação do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
O Renda Brasil deve voltar a mobilizar o Congresso, diante da falta de espaço no orçamento da União para aumento de gasto sem romper o teto que limita o crescimento das despesas.