Por Mariana Nadaleto, G1 Santos


Manoel da Silva Guilherme, o Índio, foi encontrado morto em Guarujá, SP — Foto: Arquivo Pessoal

O pescador Manoel da Silva Guilherme, de 45 anos, que estava desaparecido há dois dias na costa de Guarujá, no litoral de São Paulo, foi encontrado morto neste sábado (24). O corpo estava próximo aos destroços do barco, na Praia do Perequê, perto de onde foi visto pela última vez, na tarde de quinta-feira (22). Familiares chegaram a pedir para ele não sair para pescar, por conta das condições do mar.

Segundo informações do Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros (GBMar), por volta das 8h30, uma parte do barco foi avistada pelo filho do pescador, que estava ajudando nas buscas. Ele comunicou a equipe, que se deslocou até o local e encontrou o corpo de Guilherme, entre a Ponta da Santa, no Perequê, e a Praia de Pernambuco.

O corpo do pescador foi retirado do mar, reconhecido pelo filho e encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde passará por perícia para que a causa da morte seja apurada. Segundo o GBMar, os motivos do acidente serão investigados pela Marinha. A corporação, porém, afirma que não havia previsão de frente fria na quinta-feira, que pudesse ter causado o acidente.

Em nota, a Marinha do Brasil, por intermédio da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), informa que m inquérito será instaurado para apurar os fatos e possíveis responsabilidades.

Equipe irá investigar as causas do acidente — Foto: Divulgação/CPSP

'Pedimos para ele não ir'

O pescador, conhecido como Índio, saiu com o barco "João Caiçara" por volta das 16h da Praia do Perequê, tradicional região pesqueira da cidade. A previsão de retorno era às 22h do mesmo dia, mas familiares e amigos não o localizaram desde então, e acionaram os bombeiros e a Marinha do Brasil.

A sobrinha de Guilherme, a pescadora Gabriela Neta, de 32 anos, conversou com o G1 e relata que os familiares estão muito abalados com a fatalidade. Até o momento, eles ainda não foram informados sobre as possíveis causas do acidente, mas Gabriela garante que o mar estava agitado no dia do desaparecimento.

"Ele saiu para pescar por volta das 16h, mas duas horas depois o mar começou a ficar muito agitado. Nós pedimos para ele não ir, mas ele não nos ouviu. As ondas devem ter batido e partido o barco. Na hora, ele não deve ter conseguido nadar, por causa do desespero. Meu primo, que ajudou nas buscas, disse que ele ficou preso nas pedras".

Gabriela ainda explica que Guilherme conhecia muito bem a área, pois pescava no local desde os 9 anos. Além disso, conta que o pescador era bem próximo da família e deixará muita saudade. "Foi realmente uma fatalidade. Ele estava sempre alegre, pensando no bem das pessoas, e todo mundo falava super bem dele. Ele deixa três filhos e um neto".

Corpo do pescador foi retirado do mar — Foto: Arquivo Pessoal

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