Por G1SP


Aplicativo "Onde tem tiroteio" chega a SP — Foto: reprodução

O aplicativo Onde Tem Tiroteio (OTT), que começou a ser usado no Rio de Janeiro em 2016, chegou a São Paulo neste sábado (24) e está disponível para uma versão no sistema Android. Na próxima semana, o aplicativo deve ser lançado também para versão IOS.

O objetivo é alertar os moradores da cidade sobre os locais onde há suspeita de estarem ocorrendo crimes, arrastões, troca de tiros e disparos de arma de fogo.

No Rio de Janeiro, o aplicativo conta atualmente com 24 mil pessoas que compartilham informações pelo Whatsapp, as chamadas "células", explica o idealizador do OTT, Benito Quintanilha, ao lado dos também criadores Dennis Colli, Henrique Caamaño e Marcos Vinicius.

Ao receberem as informações das células, os integrantes do OTT confirmam a informação com o que chamam de "núcleos", formados, em sua maioria, por moradores de comunidades. "Tem tiro aí na Rocinha? Perguntamos. Procede, respondem os integrantes do núcleo", explica Quintanilha. Cerca de 5 mil pessoas integram os "núcleos".

Após a confirmação, o alerta de localização do tiroteio é envio para cerca de 500 mil pessoas, inclusive as que seguem a página do aplicativo no Facebook.

"No início, até checávamos a informação com a Secretaria da Segurança, mas eles demoravam muito para confirmar. E nosso intuito não é noticiar, mas alertar quem está passando por aquele local de tiroteio na hora", diz Quintanilha. Depois, todos os tiroteios publicados pelo aplicativo foram confirmados.

Quintanilha diz que o aplicativo está baseado no conceito de segurança pública "4.0", em que o cidadão avisa o cidadão.

"No conceito 3.0, o cidadão liga para a polícia, comunica o tiroteio. A polícia aciona o Copom, que aciona a polícia na rede. Mas eles não conseguem avisar todas as pessoas. No conceito 4.0, o cidadão avisa simultaneamente a polícia e o cidadão, o que ajuda pessoas a evitarem a rota de confronto", conta.

O aplicativo não tem nenhum patrocínio. "Só no amor", diz Quintanilha.

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