Por G1 PA — Belém


Madeireiros invandem terram indígena no sudoeste do Pará

Madeireiros invandem terram indígena no sudoeste do Pará

Uma equipe da Coordenadoria Regional da Fundação do Índio informou nesta quinta-feira (3) que acompanha uma situação de invasão de madeireiros na Terra Índigena (TI) Arara, entre Uruará e Medicilândia, no sudoeste do Pará.

De acordo com a Funai, um grupo de madeireiros invadiu a área desde o último dia 30 de dezembro para extrair madeira ilegalmente e ocupar a terra com demarcação de lotes.

A Funai não confirma a possibilidade de confronto entre indígenas da aldeira Laranjal e os invasores, mas monitora o caso.

Moradores da região temem que ocorra conflito, já que há tensões entre os indígenas para realizar um protesto na rodovia BR-230, a Transamazônica, devido a invasão.

Trecho da Rodovia BR-230, no sudoeste do Pará. — Foto: Reprodução / PRF

Terra indígena

A TI Arara abrange os municípios de Altamira, Brasil Novo, Medicilândia e Uruará. A área compreende 274.010 hectares e abriga 298 indígenas. De acordo com a Funai, o local teve os limites homologados pelo Decreto nº399, de 24 de dezembro de 1991.

Casos de invasão a terras indígenas

Serraria foi embargada pelo Ibama por atuação ilegal e madeira apreendida foi encaminhada à Prefeitura de Medicilândia. — Foto: Divulgação/Ibama

Em 2017, uma operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Polícia Federal e Funai investigou denúncias de invasão na TI Arara e resultou no embargo de uma serraria e na apreensão de aproximadamente 150 metros cúbicos de madeira nos municípios de Uruará e Medicilândia.

Segundo o Ibama, os fiscais identificaram uma tentativa de ocupação às margens da rodovia Transamazônica, a BR-230, entre os quilômetros 120 e 143. Os suspeitos abandonaram o local antes da chegada dos agentes, mas deixaram para trás diversas estacas fincadas com o propósito de demarcar lotes.

Em 2018, grupo de indígenas da etnia Parakanã chegou a bloquear a rodovia BR-230 cobrando a retirada de invasores de das terras Apyterewa em Altamira. Eles denunciaram que as áreas estariam sendo alvo de crimes ambientais.

Na época, indígenas de dez aldeias procuraram a Justiça Federal em Altamira, sudoeste do Pará, para cobrar a retirada de invasores das terras Apyterêua.

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