BRASÍLIA — O pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes , manifestou-se nesta terça-feira sobre o lançamento do nome de Henrique Meirelles ao Planalto. Ciro afirmou que Meirelles "joga fora" a carreira por uma embarcar em um governo que tem uma "agenda antipobre e antipovo" e disse que não permitirá que o MDB tente "esconder" o presidente Michel Temer durante a corrida eleitoral.
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— A presença do meu amigo Henrique Meirelles na disputa qualifica o debate. Ele é uma pessoa que prestou grandes serviços ao país sob a liderança do presidente Lula e que foi chamado nessa quadra de golpe. Eu lamento, porque acho que esse foi o maior erro da vida dele. Eu já disse isso pessoalmente a ele — disse Ciro.
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O pedetista fez a avaliação após participar da 21ª Marcha a Brasília, realizada pela Confederação Nacional de Municípios, em Brasília. No palco do centro de conferências onde ocorreu o ato, Ciro ainda atacou o Ministério Público e o Poder Judiciário.
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— O Ministério Público quer governar no lugar de todo mundo. O Judiciário quer governar no lugar de todo mundo.
Para o pré-candidato, o Congresso Nacional e o Executivo estão hoje "desmoralizados" e há uma "invasão intolerável" dos poderes que não são votados.
Ciro disse que, se for eleito, vai revogar atos do que ele chama de "governo golpista", como a reforma trabalhista e o teto dos gastos. Quando perguntado se seria possível convencer o Congresso a derrubar essas medidas, Ciro partiu para o ataque:
— Claro. Quem é candidato a ditador do Brasil é o Bolsonaro. Eu já fui governador, sou homem público. Essa PEC é uma estupidez e impraticável.