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GOVERNO

MP rebate Bolsonaro e pede investigação a gastos de cartões corporativos

Presidente Jair Bolsonaro durante encontro com Clifford Sobel, ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil

O Ministério Públicou pediu ao TCU a abertura de um processo para investigar o aumento dos gastos com cartões corporativos da presidência na gestão de Jair Bolsonaro — os maiores dos últimos cinco anos. 

Em sua representação, o procurador Lucas Furtado não deixou passar um comentário feito pelo capitão no Twitter.

No domingo, o presidente alegou que as despesas aumentaram 24% em comparação ao ano passado porque os cartões também são usados para atender ao vice-presidente, cargo que não era ocupado por ninguém em 2018. 

O procurador lembrou que Bolsonaro não explicou, porém, por que as faturas deste ano também são significativamente maiores do que as verificadas em 2017 (56%), 2016 (62%) e 2015 (26%), anos em que a cadeira de vice tinha dono.

— A gravidade da situação assoma em importância na medida em que tais gastos são classificados como sigilosos, o que não permite ao cidadão comum aferir a pertinência e a necessidade desses dispêndios. Deve sempre ter em mente que os gastos administrativos que padecem da falta de transparência são aqueles que, em tese, podem estar mais vulneráveis ao distanciamento de um necessário padrão ético de probidade, decoro e boa-fé, ou seja, estão mais suscetíveis a atentarem contra o princípio da moralidade — escreveu Lucas Furtado.  

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