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Trump perde voto popular com maior diferença na História americana

O presidente eleito tem 2,8 milhões de votos a menos que a democrata Hillary Clinton

Presidente eleito Donald Trump tem 2,8 milhões de votos populares a menos que sua rival Hillary Clinton
Foto: Evan Vucci / AP
Presidente eleito Donald Trump tem 2,8 milhões de votos populares a menos que sua rival Hillary Clinton Foto: Evan Vucci / AP

NOVA YORK — Apesar de ganhar no Colégio Eleitoral, o presidente eleito americano, Donald Trump, perdeu nas ruas — e por uma margem bastante significativa. Os números do voto popular mostram que o republicano ficou atrás da rival democrata Hillary Clinton em 2,8 milhões de votos — maior diferença do que qualquer outro presidente na História dos EUA. Isso é mais de cinco vezes maior do que a margem pela qual George W. Bush perdeu para Al Gore em 2000, que fica com a segunda posição na diferença histórica de voto popular para um candidato que ainda assim tornou-se presidente.

Em sua conta no Twitter, contudo, Trump já havia rebatido as críticas que ressaltavam sua derrota no voto popular. Em novembro, ele escreveu: “Além de ganhar pelo Colégio Eleitoral, ganhei o voto popular, se você retirar milhões de pessoas que votaram ilegalmente.”

De acordo com o sistema americano, no qual o vencedor leva todos os votos daquele estado, o republicano venceu as eleições após a vitória em locais decisivos como Flórida, Ohio e Carolina do Norte, além de surpreender em estados que, anteriormente, eram considerados democratas, como Pensilvânia e Wisconsin.

A vantagem de Hillary no voto popular, entretanto, levou a pedidos de recontagem e para que os delegados do Colégio Eleitoral ignorassem o resultado em seus estados e, em vez disso, votassem contra Trump. Diversos processos foram movidos.

Curiosamente, em 2012 Trump chamou o Colégio Eleitoral de “um desastre para a democracia”, quando pensou que o sistema levaria o presidente Barack Obama a perder o voto popular e mesmo assim conquistar seu lugar à Casa Branca. Depois de sua própria vitória eleitoral, no entanto, o magnata elogiou o “gênio” que criou o sistema.