• Ana Laura Stachewski
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Delivery (Foto: Unsplash)

Delivery: aplicativo poderá ser usado de forma gratuita durante os próximos seis meses (Foto: Unsplash)

Com o fechamento do comércio por conta do coronavírus, restaurantes e lojas que antes atendiam apenas em pontos físicos estão tendo de se reinventar. O delivery aparece como a opção mais viável – e um grupo de empreendedores catarinenses quer torná-lo mais acessível para as pequenas empresas. Eles se uniram para lançar uma plataforma de entregas gratuita para lojistas.

Batizada de "Delivey com Amor", a iniciativa reúne cerca de 100 empreendedores do estado. Eles agora fecham parcerias e patrocínios para expandir o alcance da ferramenta, que começará funcionando em Florianópolis (SC) e já tem 100 estabelecimentos cadastrados.

Projeto colaborativo
O pontapé inicial para o projeto veio de uma mensagem recebida por Eliseu Jorge Cardoso, franqueado de seis lojas da rede Massa Viva na capital catarinense. Nela, uma de suas funcionárias pedia para não ser demitida diante do cenário conturbado gerado pelo coronavírus.

Ele sabia que a única alternativa para manter o negócio funcionando seria por meio do delivery, mas se preocupava com as taxas cobradas pelos aplicativos de entrega que atuam no ramo. Conversou, então, com o amigo Diogo Machado, fundador da agência de consultoria Original.Market.

Os dois passaram a discutir alternativas para o mercado e acabaram mobilizando outros conhecidos. “Eu lancei a ideia de criar uma plataforma que funcionasse como um catálogo online para os clientes terem acesso. Em três horas, tínhamos mais de 50 pessoas pensando sobre isso”, diz Machado.

O processo acabou se tornando mais simples quando Marcio Muxfeldt e Edinei Cipriani, fundadores da AMO Sistemas, entraram na jogada. A empresa com sede em Chapecó (SC) tem entre suas especialidades desenvolver aplicativos próprios de delivery. Diante da mobilização, decidiu fornecer gratuitamente a sua plataforma, Amo Delivery, durante seis meses.

Serviço 
O aplicativo, que até então atendia Chapecó, passa agora a funcionar em Florianópolis. Durante os próximos seis meses, a única taxa paga pelo lojista será a do cartão de crédito, meio de pagamento aceito no aplicativo. Já o valor do frete pago pelo cliente será direcionado aos entregadores.

Para cobrir os custos de operação, o grupo tem buscado parcerias e patrocínios com empresas e entidades, do Sebrae à Amazon. Quem quer participar como lojista, apoiador ou entregador pode entrar em contato por meio do site amo.delivery/contato. Qualquer um que tiver um veículo, seja bicicleta, moto ou carro, poderá trabalhar com as entregas.

Segundo Machado, o plano é liberar o aplicativo primeiro para lanchonetes e restaurantes e, depois, passar a incluir estabelecimentos de qualquer segmento. A ideia é também expandir o alcance para outras cidades nas próximas semanas. “Já temos pessoas de outros estados e outros países querendo implementar. Só queremos antes fazer o piloto em Florianópolis dar certo”, diz.

Apoie o negócio local (Foto: Editora Globo)