Política

Ministro do Turismo fica até segunda-feira no cargo como todos os outros, diz Bolsonaro

Presidente conversou com Sergio Moro sobre prisão de assessor de Marcelo Álvaro Antônio e disse que vai conversar de novo na volta ao Brasil
O presidente Jair Bolsonaro, em Osaka, no Japão durante a cúpula do G20 Foto: LUDOVIC MARIN / AFP
O presidente Jair Bolsonaro, em Osaka, no Japão durante a cúpula do G20 Foto: LUDOVIC MARIN / AFP

OSAKA, JAPÃO — O ministro do Turismo , Marcelo Álvaro Antônio, permanece no cargo até segunda-feira como todos os outros 22 ministros, disse nesta sexta-feira o presidente Jair Bolsonaro , em Osaka, no Japão, após ser indagado se continuava a confiar no ministro depois da prisão de um de seus assessores esta semana.

Bolsonaro contou que conversou com o ministro da Justiça, Sergio Moro, sobre a prisão do assessor e que vai conversar de novo na volta ao Brasil. O assessor Mateus Von Rondon Martins, considerado o braço-direito do ministro na pasta, foi preso nesta quinta-feira pela Polícia Federal na segunda fase da Operação Sufrágio Ostentação. A ação é um desdobramento das investigações sobre o uso de candidatas laranjas pelo PSL na eleição de 2018.

Também tiveram a ordem de prisão temporária decretada dois ex-assessores de Álvaro Antônio. Ambos participaram da coordenação da campanha do atual ministro para deputado federal em Minas. Na época, o ministro era presidente do diretório do PSL no Estado.

O presidente pareceu defender o ministro do Turismo em certo momento, observando que quem o acusa é uma ex-candidata que recebeu muito dinheiro do partido e obteve poucos votos.

Bolsonaro mostrou-se decepcionado também com o fato de a MP do imposto sindical ter caducado na Câmara dos Deputados. O resultado é que sindicatos vão receber R$ 3 bilhões dos trabalhadores, segundo ele. E isso por causa de interesses que não deixaram sequer a medida ter a oportunidade de ser derrubada em votação.

— Simplesmente ficou engavetada e caducou.