A entidade responsável pelo trabalho faz reabilitação de alcoólatras e pessoas com problemas psiquiátricos. Ela recebe doações da população. A oficina funciona há dois anos e o trabalho é feito por pacientes.

“São pacientes que estiveram internados em algum momento e na alta encaminhamos para as oficinas. Então ele é preparado para o trabalho, se sente útil, tem sua dignidade resgatada e é reinserido na sociedade”, disse a coordenadora pedagógica, Maíra Gomes Matinada.

O paciente Carlos Alberto Campioni, aos 49 anos, acha que o que faz é importante para contribuir com a natureza. “Serve como uma fonte de renda para a gente e também é bom para o meio ambiente”, contou Carlos.

Os voluntários separam plástico, alumínio, ferro, cobre e placas. Tudo é desmontado em uma sala e depois separado em outra.

Cada componente vai para uma sacola diferente. Depois o material é vendido para uma multinacional em Ribeirão Preto.

“Tem material nobre, a multinacional tritura tudo e manda para o exterior, porque no Brasil não tem como fazer a extração”, disse a monitora Marisa Perpétua Pizzaia.

O dinheiro ajuda a instituição e também evita a poluição do meio ambiente. O maior ganho de é o resgate da cidadania dos pacientes.

“É um incentivo financeiro para o próprio paciente, também como uma variável de tratamento, ele traz o dinheiro para dentro de casa, auxilia na dinâmica financeira da família que entra com ele no tratamento”, afirmou o coordenador de projetos técnicos da instituição, Maurício Eugênio Sgobi.

O diretor de Gestão Ambiental do Departamento de Autônomo de Aágua e Esgoto (Daae) de Araraquara, Helton Galvão, explicou que o lixo eletrônico precisa de uma destinação correta para não prejudicar o meio ambiente.

“Tem componentes metálicos, soldas, metais pesados mercúrio, isso acaba indo para o solo e com chuva penetra no solo e causa danos”, disse Galvão.

Ele disse que o município faz a coleta seletiva e a reciclagem. “Na cooperativa ele é separado e ela dá o destino e comercializa conforme o tipo de resíduo".

Interessados que queiram doar aparelhos que não funcionam mais podem levar o material na recepção da Casa Cairbar Schutel, na Avenida Cairbar Schutel, 454, na Vila Santa Cruz, em Araraquara.