Por Calesita Brinquedos

Como parte da campanha do Novembro Dourado, o oncologista pediátrico Victor Zecchin, diretor clínico do Hospital do Grupo de Apoio ao Adolescente e Criança com Câncer, o GRAACC, em São Paulo, preparou uma relação das modalidades mais comuns da doença entre os jovens, de acordo, com a faixa etária. A pronta identificação dos sintomas, com o início rápido do tratamento, conjugada com a evolução das técnicas terapêuticas, é um fator decisivo para alcançar a cura. Atualmente, no GRAACC, a média de cura já ultrapassa a casa dos 70%, incluindo os tratamentos de alta complexidade, o que gera perspectivas promissoras para os jovens pacientes. Veja abaixo a relação.

calesita — Foto: Pixabay

Leucemia: Ocorre em qualquer faixa etária, porém com características diferentes em cada uma delas. É o câncer mais comum na infância, com origem na medula óssea. Os principais sintomas são dor nos ossos ou articulações, palidez, manchas roxas, sangramento, febre e abatimento. Os protocolos de tratamento são quimioterapia e transplante de medula.

Tumores do sistema nervoso central, cérebro e cerebelo: São os tumores sólidos mais frequentes em crianças. Os sintomas mais comuns são dor de cabeça e vômitos pela manhã, tontura e perda do equilíbrio. Qualquer criança com persistência desses sintomas deve ser examinada por um neurologista, que pode solicitar uma tomografia ou ressonância nuclear magnética. Os tumores benignos são tratados apenas com cirurgia. Para os malignos, em geral, são necessárias quimioterapia, radioterapia e eventualmente transplante de medula.

Neuroblastoma: Geralmente acomete crianças com menos de 5 anos. Os locais mais comuns são abdome (com aumento da barriga, podendo ser acompanhado de dor e perda de controle das fezes e urina), tórax (causando dor e dificuldade para respirar) e pescoço, perto da coluna vertebral. Mas também pode afetar fígado, ossos e medula óssea. O tratamento é feito com cirurgia e quimioterapia, e, em alguns casos, radioterapia e transplante de medula.

calesita — Foto: Pixabay

Retinoblastoma: Afeta os olhos e geralmente ocorre antes dos quatro anos. A principal manifestação é um reflexo brilhante no olho doente, parecido com o brilho dos olhos de um gato quando iluminados à noite. As crianças podem ainda ficar vesgas, ter dor nos olhos ou perder a visão. O exame do fundo de olho, com a pupila bem dilatada, é a forma de diagnóstico. Os tumores pequenos podem ser tratados com métodos especiais, que permitem que a criança continue a enxergar normalmente. Nos casos mais adiantados, a criança pode perder o olho e precisar de quimioterapia e/ou radioterapia.

Sarcomas de partes moles: São tumores que podem ocorrer em músculos, gordura e articulações. Afetam crianças, adolescentes e adultos. São identificados por inchaço local, pele avermelhada e dor. Podem ocorrer na cabeça, no pescoço, na área genital, nos braços e nas pernas. O diagnóstico é feito por biópsia. Já o tratamento é realizado com cirurgia e quimioterapia.

Tumor de Wilms: Geralmente aparece antes dos cinco anos, como uma massa no abdome. Pode causar ainda sangue na urina, dores abdominais e pressão alta. Ultrassom é o exame mais indicado para o diagnóstico. Para tratar é preciso cirurgia para a retirada do rim comprometido, com quimioterapia ou radioterapia.

Linfoma de Hodking: É um tumor que acomete gânglios e baço, mais frequente em adolescentes. A maioria dos casos começa com “ínguas” que vão crescendo no pescoço, nas axilas ou na região inguinal. A criança pode apresentar febre prolongada e perda de peso. O diagnóstico é feito com biópsia. O tratamento exige quimioterapia e radioterapia

Linfoma não Hodgkin: Mais frequente em meninos, dos quatro aos oito anos. Atinge principalmente o tórax (com tosse e falta de ar) e o abdome (com dor na barriga e retenção das fezes). O tipo de tratamento depende do tumor e de onde ele está localizado.

Tumores ósseos: São mais frequentes em adolescentes. Quase sempre o paciente conta que teve uma batida que causou dor, mas a dor não vai embora. O local mais comum é logo acima ou logo abaixo do joelho. A pele pode ficar vermelha e quente e, quando o tumor cresce, é possível ver também um inchaço no local, sintomas que podem ser confundidos com infecções ou dores do crescimento. Para diagnosticá-los é importante fazer um raio X, tomografia ou ressonância do local. Além disso, um médico ortopedista, com experiência em câncer, deve realizar uma biópsia com agulha. O tratamento é feito com cirurgia e quimioterapia e o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura para até 70%.

Tumores germinativos: Raros na infância, acometem ovário e testículos. No caso das meninas, os sintomas são dores abdominais, puberdade precoce e tumorações palpáveis. Para os meninos, o sinal de alerta é o aumento da bolsa escrotal, confundido muitas vezes com uma hérnia – a incidência é até 40 vezes maior quando os testículos não descem para a bolsa escrotal. O diagnóstico é feito na cirurgia em que se retira o tumor e o tratamento é realizado com quimioterapia.

Calesita — Foto: It’s Me Neosiam | Pexels

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