Economia

Dólar inicia semana em queda e fecha a R$ 3,7377; Bolsa sobe 0,48%

Ações da BR Distribuidora caem mais de 2% com oferta de ações
Cédulas de dólar, a moeda oficial dos Estados Unidos Foto: Yasin Akgul / AFP
Cédulas de dólar, a moeda oficial dos Estados Unidos Foto: Yasin Akgul / AFP

SÃO PAULO E RIO —  Em um ambiente externo sem atritos e com a expectativa do início da temporada de balanços, o mercado local conseguiu garantir um prgão de ganhos. A moeda americana recuou 0,21%, valendo R$ 3,7377. Na Bolsa, o principal índice acionário (Ibovespa) avançou 0,48%, aos 103.949 pontos.

- O pregão foi de recuperação para os ativos (ações, moedas), depois da sexta-feira bem negativa para os mercados internacionais e local em função da perspectiva de um corte menor de juros nos Estados Unidos - avaliou Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da Levante Investimentos.

Na avaliação de Ricardo Zeno, sócio da assessoria de investimentos Guia da Bolsa, os investidores operam na expectativa do início da temporada de balanços e da agenda externa, com possibilidade de definição sobre a política monetária e estímulos na União Europeia.

- Internamente, esperamos os números corporativos. Na linha externa, há sinalizações de que na quinta-feira o Banco Central Europeu (BCE) poderá mexer nas taxas e dar estímulos à economia. Isso mexe com o mercado global - disse.

No Estados Unidos, a expectativa também é de redução dos juros. Com juros mais baixos nas principais economias, os investidores acabam buscando opções em países de juros mais atraentes.

E enquanto no Brasil os debates sobre a reforma da Previdência seguem pausados por conta do recesso do Congresso. Sendo assim, a principal notícia recente que impactou no mercado foi a liberação de contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O anúncio deverá ser feito na quarta-feira e é visto como positivo, uma vez que pode aquecer a economia.

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Entre os papéis mais negociados da Bolsa, os preferenciais (PNs, sem direito a voto) da Petrobras tiveram uma pequena variação positiva de 0,18% e os ordinários (ONs, com direito a voto) registraram variação positiva de 0,13%. As ações da estatais não conseguiram acompanhar a valorização do petróleo no mercado externo. Com a tensão no Golfo Pérsico, o petróleo tipo Brent avançava 1,60%, a US$ 63,47, próximo ao encerramento dos negócios no Brasil.

Já as ações da BR Distribuidora fecharam em queda de 2,86%. Hoje é o último dia que os investidores puderam fazer a reserva para participar da oferta secundária da empresa. Nesse tipo de operação, os recursos vão para o acionista vendedor. No caso, a Petrobras, que irá reduzir a sua participação na distribuidora de 71,25% para 45,25%.

Quem sustentou a alta do Ibovespa foi o setor bancário, de maior peso na composição do índice. As preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco subiram, respectivamente, 1,70% e 1,38%. No caso do Banco do Brasil, as ONs ficaram praticamente estáveis, com pequena variação positiva de 0,02%.