Política

Quantidade de cocaína flagrada com militar brasileiro vale R$ 5,8 milhões na Espanha

Segundo-sargento da Aeronáutica foi flagrado com 39 quilos de cocaína em uma mala de mão
Cocaína (imagem meramente ilustrativa) Foto: Reuters
Cocaína (imagem meramente ilustrativa) Foto: Reuters

RIO - O segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues que foi flagrado com 39 quilos de cocaína em uma mala de mão após desembarcar do avião que integra a comitiva presidencial em Sevilha, na Espanha, poderia vender a droga por R$ 5,8 milhões no país, de acordo com dados do Escritório para Drogas e Crime da Organização das Nações Unidas (UNODC). Como O GLOBO mostrou,o militar preso já fez outras viagens no escalão avançado da Presidência da República .

Na Espanha, o preço de um quilo de cocaína, se vendido no varejo, chega a R$ 246 mil (ou, US$ 64 por grama), segundo a ONU. No atacado, o valor pode chegar a R$ 148 mil (ou, US$ 38.586). O cálculo foi feito a partir da venda no atacado e considera o câmbio de hoje.

Droga em missão oficial
Sargento da Aeronáutica foi flagrado com cocaína no aeroporto de Sevilha
Rodrigues era comissário de bordo no voo da equipe de apoio à viagem de Bolsonaro, que deixou Brasília antes do presidente
O avião faria escala em Sevilha para seguir ao Japão. Rodrigues ficaria na cidade espanhola, e foi flagrado por fiscais aduaneiros
O restante da equipe de apoio seguiu ao Japão. A comitiva de Bolsonaro trocou a parada em Sevilha por Lisboa na ida ao Japão por causa do incidente
1
2
3
Espanha
(Sevilha)
Europa
Portugal
2
3
Ásia
Japão
Oceano
Atlântico
áfrica
Brasil
1
Oceano
Índico
Oceano
Pacífico
O modelo do avião
Embraer 190
O militar que foi preso
O segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues tem 38 anos e integra o Grupo de Transporte Especial da FAB.
Peso máximo
de decolagem
47.470kg
Altura
10,57m
Comprimento
36,24m
Desde 2011, Rodrigues já fez ao menos 34 viagens, acompanhando autoridades do Estado brasileiro. Em 11 delas, suas diárias foram pagas pela Presidência da República.
Envergadura
28,72m
28 viagens nacionais, para cidades como Recife, Rio, São Paulo e Maceió.
6 viagens internacionais, para a Argentina (duas vezes), Paraguai, Uruguai, Chile e Cabo Verde.
Velocidade
máxima
900km/h
Droga em
missão oficial
Sargento da Aeronáutica foi flagrado com cocaína no aeroporto de Sevilha
Rodrigues era comissário de bordo no voo da equipe de apoio à viagem de Bolsonaro, que deixou Brasília antes do presidente
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O avião faria escala em Sevilha para seguir ao Japão. Rodrigues ficaria na cidade espanhola, e foi flagrado por fiscais aduaneiros
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O restante da equipe de apoio seguiu ao Japão. A comitiva de Bolsonaro trocou a parada em Sevilha por Lisboa na ida ao Japão por causa do incidente
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Espanha
(Sevilha)
Europa
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Portugal
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Ásia
Japão
áfrica
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Brasil
Oceano
Índico
Oceano
Atlântico
O militar que foi preso
O segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues tem 38 anos e integra o Grupo de Transporte Especial da FAB.
Desde 2011, Rodrigues já fez ao menos 34 viagens, acompanhando autoridades do Estado brasileiro. Em 11 delas, suas diárias foram pagas pela Presidência da República.
28 viagens nacionais, para cidades como Recife, Rio, São Paulo e Maceió.
6 viagens internacionais, para a Argentina (duas vezes), Paraguai, Uruguai, Chile e Cabo Verde.
O modelo do avião
Embraer 190
Peso máximo
de decolagem
47.470kg
Altura
10,57m
Comprimento
36,24m
Envergadura
28,72m
Velocidade
máxima
900km/h

O preço de 39 quilos de cocaína na Europa, se vendidos no varejo, pode chegar a R$ 16,6 milhões. O cálculo leva em consideração o valor de 111 euros por grama, praticado na Áustria, o país onde a droga custa mais caro no varejo. No atacado, o quilo da droga sai por R$ 213 mil (US$ 55.371) no país, em valores de 2016.

Na Europa, o valor mais caro da cocaína no atacado é encontrado na Finlândia, onde o preço do quilo da droga chega a US$ 77,5 mil — ou, R$ 298 mil. No país, assim como na Áustria, a droga também é encontrada no varejo por US$ 111 o grama.

O suboficial Silva Rodrigues pode ser condenado a no máximo cinco anos de prisão pelo crime, caso seja julgado conforme o Código Penal Militar. A pena aplicada a civis para o mesmo crime pode chegar a 15 anos de reclusão.