Terra da Gente

Por Giulia Bucheroni*, Terra da Gente


A saíra-ferrugem é espécie endêmica do Brasil — Foto: Ivan Cesar/VC no TG

A cor azul-escuro da saíra-beija-flor e os tons amarelo-ouro da saíra-ferrugem encantam Ivan Cesar, que aos 60 anos já registrou mais de 500 espécies de aves. Militar e fotógrafo de natureza, Ivan teve o primeiro contato com uma câmera fotográfica nos anos 80 e descobriu a observação de aves há cinco anos. “Ficava um bom tempo vendo as postagens das aves em fóruns de fotografia e me encantava com as cores e os desenhos das espécies”, conta o observador.

Hoje, Ivan faz passarinhadas mensais e programa viagens para diferentes lugares do país. “Já fiz registros no Vale do Paraíba (SP), no Pantanal Norte (MT), no Parque Nacional da Lagoa do Peixe (RS) e na Serra do Cipó (MG)”, lembra o fotógrafo, que irá se aventurar pela floresta amazônica ainda este ano. “Vou fotografar em Manaus e em algumas outras cidades próximas, como Novo Airão e Presidente Figueiredo. Serão oito dias de aventuras na Amazônia”, explica.

Com até 14 centímetros o caburé-miudinho é uma das menores corujas — Foto: Ivan Cesar/VC no TG

Além de apreciar as belezas das espécies, o observador encontrou na fotografia de aves uma ferramenta de preservação da natureza e uma forma de conhecer outras pessoas. “Novas amizades se formaram nos grupos de passarinheiros. O mais legal é que através das nossas postagens podemos divulgar as belezas da avifauna brasileira”, completa.

"Com o tempo vamos descobrindo que observar e fotografar aves é muito mais do que uma simples atividade de lazer. Aprendemos a preservar e respeitar a natureza”

O fotógrafo aproveita o compartilhamento das imagens para disseminar conhecimento e incentivar a proteção da fauna. “Sempre que posto as fotos das aves nas mídias sociais procuro escrever um pouco sobre elas. Também coloco breves recados sobre a importância da preservação das nossas matas e dos biomas”.

Além das saíras, Ivan destaca as sanãs, as corujas e os beija-flores. “As sanãs são destaques pela dificuldade em registrá-las; as corujas me encantam pela imponência, característica observada mesmo nas espécies menores, como o caburé-miudinho. Já os beija-flores chamam atenção pelo colorido, pela capacidade de “luminescer” as penas e pairar no ar”, explica o observador, que se emocionou ao registrar o papa-piri. “É uma ave linda, multicolorida, bem pequena e arisca. Foi a realização de um sonho fotografar essa espécie espetacular, nas margens da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul”, completa.

É possível identificar oito cores diferentes na plumagem do papa-piri — Foto: Ivan Cesar/VC no TG

Conhecida como dragão, a ave se parece com o cardeal-do-banhado — Foto: Ivan Cesar/VC no TG

O arapapá (Cochlearius cochlearius) é uma ave solitária — Foto: Ivan Cesar/VC no TG

O tangarazinho habita matas primarias altas ou secundárias úmidas no Brasil — Foto: Ivan Cesar/VC no TG

O araçari-castanho é a espécie mais conhecida entre os araçaris do Brasil — Foto: Ivan Cesar/VC no TG

Ao dormir o beija-flor-de-orelha-violeta costuma baixar a temperatura corporal para economizar energia — Foto: Ivan Cesar/VC no TG

Maior coruja das Américas, jacurutu tem o nome associado ao canto — Foto: Ivan Cesar/VC no TG

João-platino possui características semelhantes a um sabiá-do-banhado — Foto: Ivan Cesar/VC no TG

O falcão-de-coleira ocorre em todo o território brasileiro — Foto: Ivan Cesar/VC no TG

A ave tesoura-do-brejo caça sobrevoando o banhado a baixa altura — Foto: Ivan Cesar/VC no TG

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