• Por Carol Scolforo
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Quarto Casal (Foto: Marco Antonio)

Projeto reformado pelos arquitetos Luiz Otávio Debeus e Thiago Seferian, do Studio Sede (Foto Marco Antonio/Editora Globo)

“Móveis, estilo, tapetes... Tudo tem menos importância, se comparado ao posicionamento da iluminação”, disse o arquiteto dinamarquês Poul Henningsen no livro On Light. Ele dizia também que iluminar um quarto corretamente não exige altos gastos – requer acima de tudo cultura. A arquiteta Lucia Pirró, coordenadora do curso de arquitetura e urbanismo da Faculdade Belas Artes e especializada em lighting design, faz coro. Ela cita o prêmio Nobel de 2017 para falar de luz no quarto. “Esse prêmio reconhece o esforço de pesquisadores que estudaram o ciclo circadiano, relacionado, entre outras coisas, ao modo como a luz afeta o organismo humano.

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Um grande problema, por exemplo, é que muita gente leva o trabalho para o quarto e insiste em ter luz branca lá”, observa. Assim, inibe-se o hormônio melatonina, necessário ao sono. E quais as consequências de não ter iluminação adequada no quarto? A insônia vem primeiro; depois, ansiedade, estresse e outras condições. “A luz amarelada envia ao organismo a mensagem de que ele deve descansar, pois a sua temperatura é a que mais se parece com a do Sol, que regula todos os nossos hormônios”, diz Lucia.

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O ideal é que as janelas do quarto fiquem abertas durante o dia, tanto para eliminar as toxinas expiradas durante a noite quanto para deixar os raios antibactericidas do Sol agirem. “Um estudo em UTIs de hospitais mostrou que, quando há janelas, as pessoas se recuperam mais facilmente”, conta a arquiteta.

Já ao cair da noite, acione as luzes de abajures ao lado da cama. Para quem tem menos espaço, a arquiteta indica usar fitas de LED atrás da cabeceira ou luminárias de piso. Como luz principal, aposte também nas amarelas. Se tiver closet, vale a mesma dica – lâmpadas LED de alta reprodução de cor, acima de 90%.

Se o teto do quarto for baixo, atenção: um estudo de 2007 revelou que o pé-direito é muito importante na percepção inconsciente do espaço pelas pessoas. “Lugares com tetos altos facilitam e incentivam a criatividade e a capacidade de focar atenção. Um teto muito baixo se torna opressivo”, aponta a psicóloga Angelita Scardua.