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Por GloboEsporte.com — São Paulo

Começa nesta quinta-feira a edição 2018 dos Jogos Paralímpicos Universitários. O evento, que irá até sexta, será disputado no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro em São Paulo. Os estudantes de todo o Brasil disputarão sete modalidades: atletismo, bocha, judô, natação, parabadminton, tênis de mesa e tênis em cadeira de rodas.

Alessandro Silva, ouro lançamento de disco F11 no Mundial Paralímpico de Londres — Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB

O campeonato terá nomes conhecidos do grande público como o campeão paralímpico e mundial no lançamento de disco Alessandro Silva. O estudante natural de Santo André (SP), ficou cego devido à manifestação de uma toxoplasmose, em 2009. Aos 33 anos, o atleta faz o curso de Educação Física na Universidade de Taubaté (UNITAU).

Além dele, a mineira Ádria Santos, a potiguar Thalita Simplício, os fluminenses Wanderson Oliveira e Fábio Bordignon (atletismo), a carioca Karla Cardoso e a mineira Deanne Almeida (judô) integram o time de atletas que já subiram ao pódio em uma Paralimpíada e que competirá nos Universitários nesta semana.

- Vejo nos Jogos Universitários, além de uma chance a mais para melhorar marcas, uma nova oportunidade para quem está fazendo faculdade conviver com outros atletas. Também é importante para divulgar, nas universidades, o Movimento Paralímpico, até mesmo para os estudantes com deficiência, porque poucos conhecem o esporte e, quem sabe um dia, eles disputem o alto rendimento - comentou Alessandro, que disputará o arremesso de peso e o lançamento de disco.

Fábio Bordignon, de 25 anos, também subiu ao pódio na Rio 2016. O fluminense de São Gonçalo levou a medalha de prata nos 100m, classe T35. Por falta de oxigenação no cérebro durante o parto, o atleta tem o movimento de suas pernas e do braço esquerdo afetados. Antes de ingressar no atletismo, Fabinho, como é conhecido, foi jogador de futebol de 7 e integrou a seleção que disputou os Jogos de Londres 2012.

Fábio Bordignon também estará em ação nos Jogos Universitários — Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX

- Esse evento é uma maneira de premiar os estudantes que são atletas e que treinam com o apoio da faculdade, fisioterapeutas e treinadores em busca de elevar seu nível esportivo. Outro ponto é que atende aqueles que ainda não podem participar de etapas nacionais do Circuito Brasileiro e do Open Internacional, que são de alto rendimento - disse Fábio, estudante de nutrição da Universidade Salgado de Oliveira (Universo).

Cerca de 200 instituições de ensino, de 24 estados e do Distrito Federal, estarão representadas nos Jogos Paralímpicos Universitários 2018. A pontuação para determinar o vencedor-geral do evento se dará por universidade. A edição deste ano registrou um aumento de 30% em relação aos participantes do evento em 2017.

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