Por G1 — São Paulo

Brasil atende 23% da demanda para transplantes de coração

Brasil atende 23% da demanda para transplantes de coração

O Brasil comemora 50 anos do primeiro transplante de coração no dia 26 de maio – meio século de vidas salvas pela medicina e por doadores! Hoje, mais de 280 pessoas esperam um coração, segundo o Sistema Nacional de Transplantes.

O coração é o terceiro órgão mais transplantado no Brasil, perdendo para o rim e para o fígado, de acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos.

O coração é um órgão sensível e não é simples de ser transplantado, como explicou o cirurgião cardíaco Fábio Jatene, no Bem Estar desta terça-feira (22). Ele precisa ser retirado e implantado em até quatro horas e depende de uma morte específica do doador.

Coração artificial fica ligado ao coração natural

Coração artificial fica ligado ao coração natural

E quando transplantar? De acordo com o cardiologista Roberto Kalil, o transplante é necessário quando a falência do órgão é irreversível. Isso pode ocorrer por doença das coronárias, problemas na válvula ou problema do músculo.

Para receber o coração, a pessoa precisa estar inscrita em uma lista de espera monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes. O que determina a compatibilidade é o tipo sanguíneo, a dosagem de algumas substâncias colhidas no exame de sangue e características físicas.

Quem pode doar? Todos nós podemos ser doadores de órgãos. Pessoas menores de 21 anos precisam de autorização dos responsáveis. O mais importante é comunicar a família.

O transplante não é cura, é um tratamento que pode prolongar a vida com melhor qualidade. Depois do transplante, o paciente continuará tomando remédios e visitando o médico constantemente para acompanhamento.

Bem Estar acompanha a espera de uma bebê por um coração

Bem Estar acompanha a espera de uma bebê por um coração

Espera por um coração

Desde janeiro, o Bem Estar acompanha a história da Lorena, um bebê que veio para São Paulo em busca de tratamento. Com uma semana de vida, ela começou a mostrar um certo cansaço. Depois de alguns exames, veio o diagnóstico: ela nasceu com um problema grave no coração.

Lorena nasceu com uma doença rara, chamada miocardiopatia não compactada. Isso quer dizer que o músculo do coração não se desenvolveu. Isso traz cansaço e falta de ar.

Os remédios não fizeram efeito e a criança precisava de um transplante, mas não podia esperar muito. Foi então que a família mudou de Maceió para São Paulo. “Ela chegou no Instituto do Coração numa situação muito debilitada. No momento que ela internou, ela precisou ser entubada”, relata a médica supervisora da UTI cirúrgica do Incor/HC Filomena Dalas.

Bebê Lorena passa pelo transplante de coração

Bebê Lorena passa pelo transplante de coração

Depois de um mês de internação, Lorena teve quatro paradas cardíacas. “A espera por um coração é demorada. Não tem um tempo. Ele pode demorar semanas, meses, ainda mais nessa faixa etária”, explica a supervisora.

A primeira ajuda batia fora do peito – um coração artificial. Depois de cinco meses, a boa notícia: um coração compatível!

O Bem Estar acompanhou o transplante. Antes da cirurgia, os médicos precisam retirar os aparelhos que ajudaram a manter Lorena viva durante todo o tempo. Foram nove horas de cirurgia ao todo. Um mês depois, a primeira biopsia e nenhuma rejeição! Agora é continuar monitorando!

Veja o Bem Estar desta terça (22) sobre transplantes de coração

Veja o Bem Estar desta terça (22) sobre transplantes de coração

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