Maria Alice tinha apenas dois meses quando Gislayne Santos foi demitida da agência de comunicação onde trabalhava, em 2018. A publicitária deu a volta por cima fazendo, com o marido Alexandre, camisetas estampadas com frases de empoderamento feminino.

Gislayne vendia em eventos e feiras. Com o novo coranavírus, ele teve que enfrentar um novo desafio, já que as feiras e os eventos acabaram. A solução foi vender só pela internet.

Nessa corrida para o digital, Gislayne mobilizou um grupo no WhatsApp de 30 empresárias que conheceu nas feiras. Entre as mães empreendedoras, cada uma divulga a outra nas suas redes sociais, no seu mailing de clientes, fazem um monte de parcerias. Graças a essas estratégias, Gislayne recuperou as vendas perdidas com a pandemia e o faturamento voltou 100%.

“Elas compartilham o que a gente faz, uma compartilha a outra. Por exemplo, uma faz doce e outra brinquedo educativo e elas se unem. É um grupo de ajuda mútua mesmo, pra uma ajudar a outra, uma levantar a outra”, conta.

A empresária tem 40 modelos de camisetas. Vende a infantil por R$ 40 e a de adulto por R$ 56. Além da corrente de mulheres empreendedoras, Gislayne faz anúncios nas redes sociais, parcerias com influenciadoras e lançou novos modelos de camisetas.

Agora, ela tem que cuidar do negócio e da Maria Alice, porque, com a pandemia do coronavírus, a menina não está indo para escola e também não pode ficar com a avó, que é grupo de risco. Nunca as mensagens das camisetas fizeram tanto sentido pra ela.

A empresária faturou R$ 6 mil em abril e com os pedidos do Dia das Mães, boa parte dos pedidos é de novos clientes. Uma renovação que faz Gislayne acreditar que a empresa ficará maior depois da pandemia: “Com essas lições de divulgar mais na internet, usar mais esse meio que a gente tem a nosso favor, acho que eu vou crescer bem mais. Se eu já tivesse trabalhado mais o online, o digital da marca, acho que a gente teria crescido muito mais”.