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'Não volto atrás em nenhuma vírgula no que eu disse', afirma diretor do Inpe

No fim de semana, ele rebateu Bolsonaro, defendeu dados do Inpe e disse que não pediria demissão
O diretor do Inpe, Ricardo Galvão, afirmou que já se colocou à disposição para uma conversa com o ministro Marcos Pontes Foto: NACHO DOCE / REUTERS
O diretor do Inpe, Ricardo Galvão, afirmou que já se colocou à disposição para uma conversa com o ministro Marcos Pontes Foto: NACHO DOCE / REUTERS

BRASÍLIA - O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ( Inpe ), Ricardo Galvão , disse nesta segunda-feira que não volta atrás de nenhuma vírgula do que disse nos últimos dias. No fim de semana, em diferentes entrevistas à imprensa dadas após receber críticas do presidente Jair Bolsonaro, Galvão defendeu os dados sobre desmatamento da Amazônia levantados pelo Inpe e disse que não iria pedir demissão.

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— Não volto atrás em nenhuma vírgula no que eu disse — contou Galvão.

Na sexta-feira, o presidente questionou os dados do próprio governo e disse que suspeitava  que o diretor do Inpe estava  "a serviço de alguma ONG". Nesta segunda, o ministro Marcos Pontes , da Ciência e Tecnologia, pasta à qual o Inpe é ligado, soltou nota defendendo Bolsonaro, dizendo que estava solicitando "um relatório técnico completo" do Inpe, e discordando das críticas públicas de Galvão ao presidente da República.

Questionado sobre o teor da nota de Marcos Pontes, Galvão disse que ainda não tinha lido o texto e que só se manifestaria depois de conversar com o ministro. O diretor do Inpe afirmou já ter procurado seu superior no Ministério colocando-se à disposição de uma conversa direta com Pontes.