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Por Felipe Siqueira — Rio de Janeiro

Lucas Merçon / FFC

O Fluminense encara o Botafogo no próximo domingo, pela 23ª rodada do Brasileirão, com Marcão mais uma vez à beira do campo. O auxiliar continua à frente da equipe, enquanto a direção analisa com cautela o que fazer a respeito do cargo de treinador. As opções são: seguir com o ex-volante como interino, efetivá-lo ou trazer um novo nome. Enquanto uma decisão final não é tomada, Marcão dá continuidade à preparação para o clássico, com Ailton como auxiliar. O elenco treina na manhã desta quinta-feira.

O presidente Mário Bittencourt, o vice-geral Celso Barros e o diretor-executivo de futebol Paulo Angioni retomaram as conversas sobre o tema na última terça. Na segunda, o mandatário estava focado na apresentação do balanço de 100 dias de gestão ao Conselho Deliberativo.

Mário e Celso em treino do Fluminense em 2019 — Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC

A cautela para definir a situação se deve à necessidade de não poder errar. É consenso que a opção anterior por Oswaldo de Oliveira não surtiu efeito e que o clube não pode se dar ao luxo de escolher um técnico que corra risco de não encaixar novamente. Um rebaixamento atualmente, com o fim da manutenção da cota de transmissão no ano seguinte, significaria uma queda de mais de R$ 50 milhões em receitas.

E a vitória sobre o Grêmio no domingo deu um pouco mais de tranquilidade à cúpula de futebol, que antes tinha pressa para tomar uma decisão. A forma como o time jogou na partida agradou a direção, e o ótimo relacionamento de Marcão com os jogadores conta pontos a favor do interino. Além, é claro, da simpatia da torcida com o ex-volante, ídolo do clube. Há boas chances dele ser mantido para a sequência da temporada. Uma efetivação após apenas um jogo ainda é vista com cautela, mas não é descartada. O resultado e o desempenho no clássico podem influenciar na decisão.

Jogadores do Fluminense comemoram gol — Foto: André Durão - GloboEsporte.com

Antes do duelo do último fim de semana, contatos haviam sido feitos com Cuca e Felipão. Ambos, no entanto, sinalizaram que não pretendem assumir clubes nesta temporada. O primeiro era consenso, pelo histórico e identificação que tem com o Flu - era ele o treinador na histórica arrancada de 2009. O segundo era visto com bons olhos pelo currículo vitorioso, mas tinha como poréns o alto custo e o fato de nunca ter trabalhado no clube, nem no Rio de Janeiro.

No momento, há no mercado opções como Enderson Moreira, Jair Ventura, Maurício Barbieri, Lisca, Thiago Larghi e Zé Ricardo. Diversos outros nomes foram levantados, muitos deles oferecidos. Técnicos estrangeiros também foram sugeridos, como o argentino Ariel Holan, campeão da Sul-Americana com o Independiente sobre o Flamengo em 2017, além de portugueses menos conhecidos. A visão, no entanto, é de que um técnico estrangeiro, faltando apenas dois meses para o fim da temporada, seria uma aposta de risco, em razão da necessidade adaptação ao país e do tempo para conhecer os jogadores. A possibilidade, no entanto, não é descartada para um início de trabalho no próximo ano.

Fluminense e Botafogo se enfrentam neste domingo, pela 23ª rodada do Brasileirão. A partida será disputada no Nilton Santos, a partir das 16h. Após somar quatro pontos nas últimas duas partidas, o Tricolor tenta dar continuidade à reação na competição. Atualmente é o 16º colocado com 22 pontos e está três acima da zona do rebaixamento.

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