Por G1


Um dia antes de ser morta a tiros ao deixar um evento no Centro do Rio, a vereadora do PSOL Marielle Franco postou em sua conta no Twitter um desabafo sobre a criminalidade na cidade. A parlamentar e seu motorista foram baleados dentro de um carro, na noite desta quarta-feira (14). A principal suspeita é de execução.

Post de Marielle Franco no Twitter, um dia antes de ser assassinada — Foto: Reprodução/Twitter

"Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?", postou na terça-feira (13). Marielle se referia à morte de um jovem no Jacarezinho, na segunda (12).

Dias antes, ela também tinha questionado ações truculentas da Polícia Militar na comunidade de Acari. A vereadora chamou o 41° BPM de "Batalhão da morte". "O que está acontecendo agora em Acari é um absurdo! E acontece desde sempre! O 41° batalhão da PM é conhecido como Batalhão da morte. CHEGA de esculachar a população! CHEGA de matarem nossos jovens", escreveu.

Post de Marielle Franco sobre ação da PM em Acari — Foto: Reprodução/Twitter

Segundo as primeiras informações da polícia, bandidos em um carro emparelharam ao lado do veículo onde estava a vereadora e dispararam. Marielle foi atingida por pelo menos quatro tiros na cabeça. A perícia encontrou nove cápsulas de tiros no local. Os criminosos fugiram sem levar nada.

No momento do crime, a vereadora estava no banco de trás do carro, no lado do carona. Como o veículo tem filme escuro nos vidros, a polícia trabalha com a hipótese de os criminosos terem acompanhado o grupo por algum tempo, tendo conhecimento da posição exata das pessoas. O motorista foi atingido por pelo menos 3 tiros na lateral das costas.

Infográfico mostra como foi o assassinato de Marielle — Foto: Editoria de Arte/G1

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