Eleição em Números

Por Lucas Gelape, G1


Saúde e violência são os principais problemas do Brasil atualmente, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (11). Os dois temas aparecem tecnicamente empatados no topo do levantamento, que ouviu 2.804 eleitores de todo o país. Na pesquisa anterior, feita em junho, os temas mais citados haviam sido saúde e corrupção.

Na pesquisa mais recente, feita na segunda-feira (10), saúde foi mencionado por 23% dos entrevistados, alta de 5 pontos em relação a junho. Já segurança, que foi mencionado por 20%, teve uma alta de 9 pontos, e atingiu o maior índice desde 2014 (veja a evolução dos índices no gráfico abaixo).

A saúde lidera a lista de preocupações dos brasileiros desde dezembro de 2016, quando ultrapassou corrupção. Já a última vez que a violência atingiu índice de 20% foi em março de 2007. No levantamento de junho deste ano, foi a 4ª mais citada.

Além de saúde e segurança, os eleitores citaram corrupção (14%), desemprego (14%) e educação (12%) como os principais problemas do país. A pergunta do instituto foi: “considerando as áreas que são de responsabilidade do governo federal, na sua opinião qual é o principal problema do país hoje?”

Educação supera violência e assume o 2º lugar quando os eleitores são perguntados sobre qual deve ser a prioridade do próximo presidente:

  • Saúde: 40%
  • Educação: 20%
  • Violência: 15%

Principal problema do país hoje
Resposta espontânea e única
Fonte: Datafolha
Principal problema do país
Incluídas somente as categorias numericamente mais citadas em alguma das pesquisas
Fonte: Datafolha
Área que deveria ser a prioridade do próximo presidente
Fonte: Datafolha

Renda, sexo, idade e intenção de voto para presidente

Entre os homens, a preocupação com violência assume o topo na pesquisa Datafolha, com 22%, ante 18% para saúde. Entre as mulheres, a saúde tem 28% e a violência, 18%.

A saúde diminui de relevância com o aumento da renda familiar. Enquanto 25% dos eleitores com até 2 salários mínimos apontam a saúde como principal problema, esse número cai para 14% dentre aqueles com renda familiar superior a 10 salários mínimos.

Já a preocupação com educação cresce conforme a renda familiar: 8% dos entrevistados com renda até 2 salários mínimos citam a educação, 15% daqueles com mais de 2 e 5 salários mínimos, 20% daqueles com mais de 5 a 10 salários mínimos, e 24% dos entrevistados com mais de 10 salários mínimos, problema mais citado nesta faixa, empatado tecnicamente com violência (22%).

Entre as faixas etárias pesquisadas, para os eleitores entre 16 a 24 anos a educação está numericamente empatada em primeiro lugar juntamente com a saúde (20%). Este assunto é menos citados nas faixas etárias mais altas, atingindo seu menor valor entre os eleitores com 60 anos ou mais (6%). Tendência inversa é observada para as menções à violência, citadas por 16% dos entrevistados na faixa de 16 a 24 anos e na de 25 a 34 anos (únicas nas quais violência e saúde não empatam tecnicamente), alcançando 23% entre aqueles com 60 anos ou mais.

Considerando a intenção de voto declarada pelos entrevistados, somente entre os eleitores de Jair Bolsonaro e João Amoêdo, a saúde não é o tema mais citado (isolada ou numericamente). 30% dos eleitores de Bolsonaro declaram violência como o principal problema, 20% saúde e 15% corrupção. Para 27% dos eleitores de Amôedo ele seria a educação, seguido de corrupção (19%) e saúde (18%).

Saúde é o mais citado pelos eleitores de Ciro Gomes (26%), Marina Silva (24%), Geraldo Alckmin (24%, empatada tecnicamente com desemprego, com 20% das menções), Alvaro Dias (31%) e Henrique Meirelles (27%). Entre os eleitores de Fernando Haddad, o problema numericamente mais citado é violência (19%), seguido por saúde (18%), desemprego (16%) e educação (15%). O Datafolha não divulgou essas informações para os outros candidatos a presidente.

Sobre a pesquisa

  • Margem de erro: dois pontos percentuais para mais ou para menos.
  • Quem foi ouvido: 2.804 eleitores em 197 municípios.
  • Quando a pesquisa foi feita: 10 de setembro.
  • Registro no TSE: protocolo nº BR‐02376/2018.
  • O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro.
  • Contratantes da pesquisa: TV Globo e "Folha de S.Paulo".

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