Por G1


Um incêndio de grandes proporções atingiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio, na noite deste domingo (2). A instituição completou 200 anos em 2018, tinha um acervo de 20 milhões de itens e sofria com falta de reformas e enfrentava problemas de orçamento.

Veja abaixo a repercussão do incêndio:

Michel Temer, presidente da República

"Incalculável para o Brasil a perda do acervo do Museu Nacional. Hoje é um dia trágico para a museologia de nosso país. Foram perdidos duzentos anos de trabalho, pesquisa e conhecimento. O valor para nossa história não se pode mensurar, pelos danos ao prédio que abrigou a família real durante o Império. É um dia triste para todos brasileiros".

Sérgio Sá Leitão, ministro da Cultura

“Recentemente fizemos um esforço muito grande, o Ministério da Cultura, o Instituto Brasileiro de Museus, tratamos do patrocínio do BNDES ao projeto de revitalização do governo nacional. A partir desse momento nos dedicamos a esse projeto, fizemos parte da direção do próprio museu, mas infelizmente todo esse esforço não foi suficiente para evitar a tragédia. O projeto de patrocínio do BNDES para a revitalização foi assinado, o museu completou 200 anos, o museu tem um acervo fabuloso, mas não houve tempo para que começasse a acontecer e pudéssemos evitar essa tragédia. Isso é resultado de processo de negligência, e espero que isso sirva de alerta para que tragédias como esta não se repitam em outra instituição”.

Fundação Roberto Marinho

A Fundação Roberto Marinho lamentou profundamente a destruição de um dos maiores acervos arqueológicos, etnográficos, científicos e culturais do país. "É uma tragédia e uma perda irreparável hoje e para as futuras gerações. Perde o patrimônio histórico e cultural, perde a ciência, perde a educação, perde o Brasil, perde o mundo", diz em nota.

Luiz Fernando Pezão, governador do Rio de Janeiro

"É um dia de profunda tristeza para todos nós brasileiros. Difícil expressar tamanha perda de construção e acervo de valores inestimáveis. Perdemos uma referência do país. Perdem o patrimônio histórico mundial, a cultura, a ciência, a educação. Perdem os brasileiros e o mundo. Manifesto a minha solidariedade aos funcionários do museu".

Marcelo Crivella, prefeito do Rio

“Trágico incidente que destruiu um palácio marcante da nossa história. É um dever nacional reconstruí-lo das cinzas, recompor cada detalhe eternizado em pinturas e fotos e ainda que não seja o original continuará a ser para sempre a lembrança da família imperial que nos deu a independência, o império, a primeira constituição e a unidade nacional”.

Paulo Knauss de Mendonça, diretor do Museu Histórico Nacional

"O Museu Nacional certamente é um dos símbolos da nossa cultura, não só porque é o mais antigo do nosso país mas porque tinha coleções extraordinárias. A gente tem falado dos 200 anos do museu mas as coleções têm muito mais de 200 anos (...) e são joias da cultura mundial e estamos perdendo devido à incapacidade de dar a atenção devida ao patrimônio histórico no nosso país (...). Esperamos que, após esse acidente trágico, a gente consiga apoio para que a sociedade política e civil consiga se mobilizar para defender o patrimônio histórico que está sendo perdido no país (...) Imagine se esse acidente acontecesse com o público dentro".

Ministério da Educação, em nota

"O Ministério da Educação lamenta o trágico incêndio ocorrido neste domingo no Museu Nacional do Rio de Janeiro, criado por Dom João VI e que completa 200 anos neste ano. O MEC não medirá esforços para auxiliar a UFRJ no que for necessário para a recuperação desse nosso patrimônio histórico", diz o comunicado".

Instituto Brasileiro de Museus (Ibram)

“O incêndio que destruiu o Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UF-RJ), neste domingo, é a maior tragédia museológica do país. Uma perda incalculável para o nosso patrimônio científico, histórico e cultural. Tamanha perplexidade que toma a todos, nos defronta com o maior desafio dos museus: consolidar e implementar uma política pública que garanta, de forma efetiva, a manutenção e conservação de edifícios e acervos do patrimônio cultural brasileiro. O Instituto Brasileiro de Museus manifesta solidariedade aos servidores e pesquisadores do Museu Nacional nesse triste registro de sua história”.

Rosa Maria Araujo, historiadora

"O Museu Nacional é o maior patrimônio de nossa história política pois vem do Império Foi escolhido para residência da família imperial na magnífica Quinta da Bos Vista. Soma- se a isso sua importância científica. Lá se desenvolve o programa de antropologia de ponta nas ciências sociais brasileiras. É uma tragédia. Não sei como vamos resistir a essa perda irreparável. Estou perplexa e muito triste".

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

"A Reitoria da UFRJ acompanha o trabalho dos bombeiros, neste momento, no Museu Nacional. Segundo as primeiras informações, o incêndio teve início por volta das 19h30. Não há registro de vítimas. Servidores do Museu Nacional também estão no local para dar o suporte necessário ao trabalho dos bombeiros".

Kátia Bogéa, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)

"É uma tragédia nacional e mundial. Todo mundo está vendo que é uma perda não só para o povo brasileiro mas para toda a humanidade (...). O Iphan desde sempre vem acompanhando e ajudando no que pode, tinha um projeto pronto de mais de R$ 20 milhões com recursos do BNDES, mas infelizmente antes de conseguir começar os trabalhos de restauração aconteceu essa tragédia (...) É uma tragédia anunciada que há muito tempo a gente sabe que o patrimônio cultural brasileiro não tem recurso".

Beatriz Kushnir, diretora do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro

"Isso que está acontecendo com o Museu Nacional poderia estar acontecendo com qualquer instituição do nosso país (...) Perdemos muito, é incalculável saber quanto se perdeu, se perdeu uma referência para esse país. Se não perde com o incêndio a gente perde com a água que tenta apagar o incêndio".

Veja abaixo a repercussão do incêndio nas redes sociais:

Esteban Tabárez, músico

Ana Paula, jogadora de vôlei

Marcelo Tas, diretor, jornalista e apresentador

Walcyr Carrasco, escritor e dramaturgo

Aguinaldo Silva, dramaturgo e escritor

Klara Castanho, atriz

Duda Sirotsky Melzer, presidente e chairman do Grupo RBS

Flávio Augusto, empresário

Andréia Sadi, jornalista

Neymar, jogador

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