Política Brasília

Não há porque enviar mais dinheiro para Roraima, diz ministro

Etchegoyen considera que estado já tem recursos suficientes
Ministro do GSI, Sérgio Etchegoyen, durante entrevista coletiva Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Ministro do GSI, Sérgio Etchegoyen, durante entrevista coletiva Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

BRASÍLIA — O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen , afirmou nesta quarta-feira que o governo federal não pretende no momento enviar mais recursos para Roraima , como foi pedido pelo governo estadual, para lidar com a crise de refugiados venezuelanos .

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A declaração foi dada após uma reunião do presidente Michel Temer com diversos ministros para discutir a situação de Roraima. Nesta quarta, a governadora do estado, Suely Campos, pediu o ressarcimento imediato de R$ 184 milhões . Entretanto, para Etchegoyen, os recursos enviados já são o suficiente.

— O governo já colocou dinheiro lá, e tem dinheiro disponível para o estado de Roraima. Não há porque fazer isso agora. Muito recurso tem sido posto lá, em atendimento aos venezuelanos — disse o ministro.

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O montante pedido por Suely seria para cobrir os gastos extraordinários do governo estadual com os imigrantes nas áreas de saúde, educação e segurança.

Também participaram da reunião os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Gilberto Occhi (Saúde), Rossieli Soares (Educação), Alberto Beltrame (Desenvolvimento Social), Torquato Jardim (Justiça) e Carlos Marun (Secretaria de Governo), além de representantes do Ministério dos Direitos Humanos.

De acordo com Etchegoyen a situação em Roraima está "voltando à normalidade", após brasileiros e venezuelanos entrarem em confronto no fim de semana:

— Os relatos dão conta de uma situação muito distensionada, voltando à normalidade e com uma presença muito efetiva do governo nos abrigos lá montados. As medidas estão sendo tomadas, as providências planejadas estão em andamento, continuarão e prosseguiremos com o controle das metas estabelecidas e de todas as ações realizadas — afirmou.

O ministro ainda voltou a negar a possibilidade de fechar a fronteira com a Venezuela, como o governo pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF):

— A posição do governo permanece a mesma expressada até aqui. Não há nenhum planejamento, pode haver estudos, mas não há neste momento de nenhuma perspectiva de fechamento de fronteira. Ao contrário, a Advocacia-Geral da União está respondendo A pretensão do Estado de Roraima no Supremo Tribunal com uma negativa, recomendando que nao se feche a fronteira.