Por G1


Foto de 2019 mostra alunos perto da biblioteca Widener, na Universidade Harvard, nos EUA — Foto: Charles Krupa/Arquivo/AP Photo

Duas das universidades mais prestigiadas dos Estados Unidos, Harvad e o Massachusetts Institute of Technology (MIT) afirmaram nesta quarta-feira (8) que vão processar o governo de Donald Trump por causa da norma que tira o visto de estudantes de estrangeiros que estiverem fazendo aulas unicamente online.

De acordo com o jornal “The New York Times”, a medida foi interpretada como uma tentativa, por parte da Casa Branca, de pressionar as universidades a reabrir os campi.

Governo dos EUA anuncia mudança nos vistos para estudantes estrangeiros

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Em uma mensagem à comunidade universitária, o presidente de Harvard, Lawrence Bacow, afirmou que a regra veio sem aviso e que é cruel e imprudente.

“Aparentemente ela foi feita propositalmente para pressionar as universidades a abrir as classes presenciais para aulas neste outono (do hemisfério Norte) sem considerar as preocupações com a saúde e segurança dos estudantes, professores e outros’, disse ele.

A medida vale para estudantes com os vistos F-1 e M-1 a partir da retomada do ano letivo, geralmente em setembro. Caso esses estrangeiros não se adequem à determinação, as autoridades imigratórias dos EUA podem aplicar sanções que incluem a remoção ao país de origem.

"Caso estudantes se vejam nessa situação, eles devem deixar o país ou tomar medidas alternativas para manter o status de não imigrante, como uma carga horária reduzida ou apresentar atestado médico apropriado", diz o comunicado do departamento de Imigração e Alfândega dos EUA.

No caso de escolas com aulas presenciais e à distância, o governo dos EUA permitirá que apenas alunos com visto F — visto para cursos acadêmicos — poderão cursar uma ou mais disciplinas on-line, desde que não seja o curso inteiro.

Essa flexibilidade não vale para estrangeiros com o visto M (para educação profissionalizante) ou que estejam no país para estudar inglês. Nesses casos, os estudantes deverão fazer todas as aulas presencialmente.

Por causa da pandemia, os EUA vêm restringido a emissão de vistos e a permissão de entrada de estrangeiros provenientes de determinados países. No fim de maio, o Brasil entrou na lista.

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