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Quem ficar no governo Witzel deve se desfiliar do PSL, avisa Flávio Bolsonaro

Presidente estadual do PSL, senador exigiu que partido saísse da base do governador na Alerj
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), presidente estadual do PSL Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), presidente estadual do PSL Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo

BRASÍLIA — O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), presidente da sigla em seu estado, divulgou uma nota comunicando que "filiados ao partido não devem exercer cargos no governo Wilson Witzel ". A seu pedido, o partido declarou que não é mais parte da base de apoio do governador na Assembleia Legislativa do Rio ( Alerj ) nesta segunda-feira.

"Aqueles que quiserem permanecer devem pedir desfiliação partidária. Nossa oposição não será ao Estado do Rio, mas ao projeto político escolhido pelo governador Wilson Witzel", diz o texto encaminhado pela assessoria do senador. "Lamentável ainda ver na imprensa críticas e declarações infelizes sobre o presidente Jair Bolsonaro. O PSL-RJ reitera seu compromisso com a recuperação do Estado do Rio de Janeiro."

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Atualmente, dois políticos do PSL comandam secretarias no governo Witzel. Leonardo Rodrigues, à frente da pasta de Ciência e Tecnologia, diz que ficará no cargo. Ele é suplente de Flávio Bolsonaro no Senado.

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Já a secretária de Vitimização e Proteção à Pessoa com Deficiência, a deputada federal licenciada Major Fabiana, espera conversar pessoalmente com Flávio Bolsonaro para anunciar os próximos passos.

Além da renovação do Regime de Recuperação Fiscal com a União, que deverá ser votada no plenário da Alerj em outubro, Witzel enviará um outro projeto considerado essencial para o governo ainda este mês: a desvinculação de fundos, que permite remanejamento de verbas. Há ainda a votação do Fundo de Combate à Pobreza, que pode garantir ao governo alguns bilhões a mais em 2020.