O Brasil se saiu melhor que seus pares latino-americanos quando o assunto é resgate à economia no choque da covid-19, mas o horizonte para o país nesta década é delicado. Por um lado, precisa da austeridade para “pagar a dívida covid” contraída na pandemia, ainda que o efeito da política no longo prazo seja negativo para o crescimento. Por outro, a perspectiva de dez anos de ajuste fiscal sem avanço relevante da atividade é “socialmente desafiadora” e amplia os riscos populistas, que sempre rondam a região. O diagnóstico de Marcos Casarin, economista-chefe para a América Latina da Oxford Economics, não é uma visão pessimista, diz ele, mas realista.
Austeridade é a saída, apesar dos riscos, diz Casarin
“Fadiga de austeridade”, porém, é risco, segundo Marcos Casarin, economista-chefe para a América Latina da Oxford Economics
Por Anaïs Fernandes — De São Paulo