Por G1 DF


Obras em garagem da 210 Norte começam na próxima semana

Obras em garagem da 210 Norte começam na próxima semana

Passados oito meses desde o desabamento da laje de uma garagem na 210 Norte, em Brasília, as obras de reconstrução do prédio devem começar na próxima semana. Não há estimativa de prazo para o fim dos trabalhos no local.

Nesta sexta-feira (5), o edifício continuava cercado por tapumes, mas os carregamentos de terra para a reconstrução já tinham começado a chegar. Segundo o advogado do condomínio, Fernando Assis, mesmo passado tanto tempo, ainda não é possível indicar o valor previsto da obra.

"A gente não consegue ainda fazer um tipo de previsão conclusiva, exatamente porque é uma obra complexa, com inúmeras fases que precisam ser pensadas com calma", diz Assis.

A garagem cedeu na manhã do dia 4 de fevereiro deste ano, um domingo. Ninguém ficou ferido, mas 23 carros que estavam estacionados no subsolo foram esmagados. Quatro meses depois, o G1 e a TV Globo mostraram que as carcaças dos veículos ainda não tinham sido retiradas.

"Era um barulho muito forte de alguma coisa caindo. Quando olhamos pela janela, vimos o buraco no chão", relatou a auditora Cecília Martins, uma das primeiras a descer para a garagem e ver os carros esmagados.

De acordo com o condomínio, as investigações para apurar a responsabilidade pelo incidente já foram concluídas. O laudo aponta que não havia como prever o desabamento.

Carro retirado dos escombros de garagem soterrada na Asa Norte, em Brasília — Foto: Vinicius Cassela/G1

"Nenhuma falha de manutenção ou responsabilidade pelo condomínio, ou pelos moradores, foi identificada. Esse acidente não deu sinais de que viria a ocorrer", declara o advogado Fernando Assis.

Obras na chuva

Por causa da demora no início das obras, o trabalho de reconstrução deve coincidir com a estação das chuvas. Segundo a Defesa Civil, entre janeiro e setembro, equipes vistoriaram 2.514 edificações em todo o DF. A cada 10, 9 tinham algum risco estrutural.

"Aqui em Brasília, nós temos muitos chamados, especialmente no período chuvoso. Eles acabam mostrando a vulnerabilidade de muitas edificações que não seguiram orientações técnicas, não têm um engenheiro, um arquiteto", afirma o subsecretário da Defesa Civil, coronel Sérgio Bezerra.

"Por economia de recursos, as equipes acabam deixando de seguir procedimentos de segurança."

Três meses após incidente, carros continuavam soterrados na garagem de prédio da 210 Norte, em Brasília — Foto: Marcelo Cardoso/G1

Segundo a Defesa Civil, os principais sinais de risco estrutural em casas, prédios e comércios são:

  • infiltrações
  • trincas em lajes, vigas e pilares
  • concreto com a cor amarelada pela corrosão de metais

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