Economia

Desemprego sobe no RJ e é o maior do Sudeste

No estado, taxa de desocupação avançou para 15% no primeiro trimestre

Cariocas fazem fila de madrugada para feirão de emprego. Foto: Uanderson Fernandes
Cariocas fazem fila de madrugada para feirão de emprego. Foto: Uanderson Fernandes

RIO - A taxa de desemprego no Estado do Rio é a maior da Região Sudeste: 15%. O número, referente ao primeiro trimestre, foi divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE. No primeiro trimestre do ano passado, a taxa de desocupação no Estado do Rio era de 14,5%. Com isso, o Rio foi na contramão da maioria dos estados do Brasil, onde houve queda no desemprego este ano.

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No primeiro trimestre de 2018, quando a taxa de desemprego do Brasil ficou em 13,1%, 13 unidades da federação apresentaram taxas mais altas. A maior foi no Amapá (21,5%) e a menor em Santa Catarina (6,5%).

Em São Paulo, a taxa de desemprego caiu de 14,2% no início de 2017 para 14% agora. Mesmo no Espírito Santo, onde a taxa se aproximava à do Rio no primeiro trimestre do ano passado, houve queda, de 14,4% para 12,5%.

Além do Rio, apenas em outros seis estados houve avanço no desemprego: Rondônia, Amapá, Maranhão, Piauí, Pernambuco e Sergipe.

O Estado do Rio foi onde a chamada subutilização cresceu mais nos últimos quatro anos: 123%. O conceito inclui desempregados, pessoas que gostariam de trabalhar mais e aqueles que até queriam uma vaga, mas por alguma razão não procuravam ou procuravam, mas não estavam disponíveis para trabalhar.

Na cidade do Rio, desemprego de 12,8%

Se considerada apenas a cidade do Rio de Janeiro, a taxa de desemprego é menor, de 12,8%. Capitais tendem a ter mais oportunidades de trabalho que cidades menores.

O Estado do Rio, no entanto, tem a menor taxa de desalento do país, de 0,8% da força de trabalho. Apesar disso, em números absolutos o contingente de pessoas que desisitiu de procurar trabalho somou 71 mil pessoas - 1 mil a mais do que no primeiro trimestre do ano passado e permanece como o terceiro maior contingente desde o início da série histórica, em 2012. O nível mais baixo foi atingido no quarto trimestre de 2014, quando apenas 12 mil pessoas estavam desalentadas no estado.

O desalentado é aquele que queria trabalhar, mas deixa de buscar vaga por achar que não vai conseguir.

O número de 71 mil pessoas no primeiro trimestre de 2018 é cinco vezes maior do que há quatro anos. Segundo Azeredo, o estado teve a taxa mais baixa de desalento no primeiro trimestre do ano por conta do carnaval e da temporada de verão:

- O turismo segurou pessoas empregadas.

RJ e SP atingiram a mínima histórica em relação ao grupo de trabalhadores com carteira assinada, no primeiro trimestre do ano. No Estado do Rio somaram 2,8 milhões de pessoas e em SP 10 milhões.