Por G1 PA — Belém


Redução no desmatamento, como este na Amazônia, é uma das medidas urgentes indicadas pelos cientistas — Foto: Getty Images via BBC

O Pará foi o estado recordista de desmatamento na Amazônia, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), o estado registrou 3.862 km² de área desmatada entre os meses de agosto de 2018 a julho de 2019. Ainda segundo com o Inpe, esse número equivale a 39,56% da área desmatada em toda a região amazônica.

Os números foram divulgados nesta segunda-feira (18) durante uma coletiva do Inpe, em São Paulo. De acordo com o instituto, foi registrado desmatamento em 9.762 km² de floresta entre os meses de agosto de 2018 e julho de 2019. De acordo com o Prodes, isso significa um aumento de 29,5% em relação ao período equivalente do ano anterior.

Gráfico com série histórica de desmatamento apresentado em coletiva de imprensa no Inpe durante o lançamento dos dados do Prodes nesta segunda (18) — Foto: Poliana Casemiro/G1

Os dados foram divulgados durante um encontro na cidade de São José dos Campos (SP) e teve a presença dos ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, além do diretor do Inpe, Darcton Damião.

De acordo com o Inpe, o sistema tem como intervalo de tempo de análise os meses de agosto a julho porque ele abrange tanto as épocas de chuva quanto as de seca na região amazônica. Desse modo, envolve os momentos mais cruciais no "ciclo do desmatamento" e é capaz de identificar eventuais influências do clima. O desmatamento costuma ser seguido de queimadas.

A tendência de aumento no desmatamento já vinha sendo indicada por outro sistema do Inpe, o Deter, que emite os alertas de desmatamento. Realizado desde 1988, o levantamento do Prodes é considerado o mais preciso para medir as taxas anuais de desmatamento no Brasil.

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