A passarela em torno da estação da Pavuna, no Subúrbio do Rio, é marcada pela desordem urbana, como mostrou RJTV desta quarta-feira (29). A quantidade de vendedores no local chama a atenção. As bancas vendem todo tipo de produto, mas os clientes deste grande shopping a céu aberto não têm garantia da origem das mercadorias. Alimentos mal conservados, por exemplo, podem trazer sérios riscos à saúde.
"Aqui tem muita mosca-varejeira. E isso traz muitas doenças, meu amigo", disse um passageiro que circula pela região.
Uma das barracas vende margarina e frios, como linguiça e salame, em plena calçada. Os produtos não contam com nenhum tipo de refrigeração. Legumes e verduras também são vendidos na região. Churrasco, goiabada e até chinelos podem ser encontrados. As barracas funcionam da manhã até a noite.
Um vendedor também oferece a quem passa CDs piratas. E até operadoras de telefonia celular montaram estandes de venda bem na porta da estação Pavuna, que dá acesso à integração com o trem.
Também é possível encontrar aparelhos celulares usados. Em outra barraca, cordões de ouro são vendidos. Em ambos os casos, a procedência não é identificada. Algumas barracas chegam a aceitar cartão de crédito e débito. Pedestres reclamam da ocupação ilegal das calçadas.
“Eles tiram o direito da gente andar pra lá e para cá, tem que andar às vezes pela rua.” afirmou um passageiro.
De acordo com a Secretaria de Ordem Pública do Município do Rio de Janeiro, 459 ambulantes têm direito de trabalhar na região da Pavuna. O órgão afirmou que pretende fazer uma operação de ordenação na próxima semana.