Diante da redução da demanda causada pelo coronavírus (covid-19), a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) voltou a pressionar a Rússia, que lidera o grupo de aliados da entidade, por um corte de produção para evitar uma queda brusca do preço do barril de petróleo. Os esforços da organização acabaram, por fim, resultando em um entendimento e a Opep anunciou, na noite desta quinta-feira (5) — horário de Brasília — um acordo com a Rússia para reduzir a produção durante o segundo trimestre de 2020.
Assim, será operado um corte adicional de 1,5 milhão de barris por dia na produção, para combater os efeitos do coronavírus sobre a demanda da commodity. Essa redução se juntaria ao corte já existente de 2,1 milhões de barris por dia, que expiram no fim de 2020.
Mas os países-membros estimam que o pacto será insuficiente para manter a cotação em nível próximo à atual.
Nesta quinta, o contrato do petróleo Brent para maio fechou em queda de 2,22%, a US$ 49,99 por barril na ICE, em Londres, enquanto o do WTI para abril recuou 1,88%, a US$ 45,90 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Agora, a Opep quer estender este corte adicional de 1,5 milhão de barris por dia até o final de 2020.