Política
Group CopyGroup 5 CopyGroup 13 CopyGroup 5 Copy 2Group 6 Copy
PUBLICIDADE

Por Valor — São Paulo


 — Foto: Reprodução/FT
— Foto: Reprodução/FT

Com uma reportagem analítica intitulada “Reformas no Brasil: Jair Bolsonaro perdeu o momento?”, o periódico de economia britânico Financial Times (FT) avalia que os planos do governo brasileiro de dar um pontapé na recuperação da economia estão sendo ofuscados pela manifestações populares no Chile e por turbulências políticas em casa.

Segundo a publicação, agora, quando a janela para aprovar leis importantes antes das eleições municipais de 2020 começa a se fechar, os observadores do Brasil estão perguntando se o governo Bolsonaro pode cumprir o restante de seu programa de reformas ou se o país “sucumbirá novamente ao seu hábito perpétuo de desapontar os investidores”.

Para muitas pessoas em todo o mundo, segundo o FT, a “nova política” do Brasil está associada aos ataques declarados de Bolsonaro à conservação da Amazônia e aos direitos dos gays, ou à sua defesa de Deus e armas como soluções para os problemas sociais crônicos do Brasil.

A reportagem cita o otimismo que tem predominado no mercado financeiro em relação à economia brasileira, com recordes sucessivos do Ibovespa e taxa básica de juros em seu piso histórico.

Segundo o FT, Guedes continua determinado a promover seu “Plano Mais Brasil”. “Nada o impedirá de cortar o estado, ‘privatizando tudo’ e desregulamentando”, diz a reportagem, mencionando as referências do ministro a Margaret Thatcher, Ronald Reagan e à “maravilhosa transformação” que os “meninos de Chicago” de Milton Friedman realizaram no Chile durante a ditadura de Augusto Pinochet nas décadas de 1970 e 1980.

Com a reforma administrativa em segundo plano, a atenção agora estaria focada na legislação restante, segundo a reportagem. “Isso inclui uma simplificação abrangente do sistema tributário bizantino do país, uma demanda fundamental dos negócios”, diz o FT.

Segundo a reportagem, espera-se que pouco aconteça antes do recesso legislativo do Natal, que dura até o início de fevereiro, mas o texto cita uma fonte próxima ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), segundo a qual o deputado ainda estaria otimista de que a reforma administrativa proporta pelo governo possa ser aprovado no ano que vem, antes das eleições municipais.

Apesar dos aplausos do mercado financeiro, a reportagem menciona o “mau julgamento político” depois de sugerir aos repórteres em Washington na semana passada que ninguém deveria se surpreender se eventos como os do Chile levassem um líder brasileiro a introduzir um novo AI-5, decreto da ditadura militar brasileira que deu aos generais a poder para fechar o Congresso e suprimir a oposição.

“É deplorável que as pessoas possam falar sobre o AI-5 como se fosse algo trivial. Não foi, foi sério, prejudicou a democracia. Conseguimos restaurar a democracia no Brasil e temos que lutar para preservá-la ”, disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, segundo o FT.

Um executivo de banco de investimento citado pela reportagem, sem mencionar seu nome, lembra que “ninguém acredita que Bolsonaro tenha profundas convicções sobre a agenda econômica porque, como legislador, nunca apoiou esse tipo de mudança”. “O que acontece se ele brigar com Guedes e empurrá-lo para fora?”, questiona.

Um outro executivo faz referência ao conto “O Médico e o Monstro” como uma demonstração da esquizofrenia do governo brasileiro atual. “Você tem o Dr. Jekyll: a equipe econômica, além de ministros competentes em áreas como infraestrutura e agricultura. E você tem o Sr. Hyde: Bolsonaro e sua agenda social cobrindo educação, moral, meio ambiente, além das travessuras dos membros de sua família.”

“O risco para o Brasil é que o crescimento leva muito tempo para aparecer, as pessoas ficam inquietas e Hyde assume.”

Agora o Valor Econômico está no WhatsApp!

Siga nosso canal e receba as notícias mais importantes do dia!

Mais do Valor Econômico

A empresa respondeu a ofício da B3 que questionou o movimento dos papéis entre os dias 11 e 24 de abril

Clear Sale desconhece motivos de oscilação atípica de suas ações

Balanço da Vale no primeiro trimestre pode pesar negativamente sobre o Ibovespa

Dólar inicia sessão em queda e juros futuros rondam os ajustes com PIB dos EUA no foco

Resultado refletiu uma piora das expectativas dos empresários, enquanto a avaliação sobre o momento atual ficou estável

Confiança da construção tem segunda queda seguida, diz FGV

Com os rendimentos dos Treasuries também próximos dos ajustes de ontem, o mercado aguarda os sinais dos ativos americanos para adotar uma direção

Juros futuros rondam os ajustes à espera de dados dos EUA

O prejuízo de US$ 312 milhões, segundo a companhia, se deu por um aumento nos custos e despesas envolvendo salário e benefícios, compensando queda nos custos com combustíveis que teve no período

American Airlines tem prejuízo no 1º trimestre, revertendo lucro do ano anterior

Moeda americana tem desvalorização global

Dólar inicia sessão em queda antes de divulgação de PIB dos EUA

Companhia estima que, aproximadamente, 5 milhões de pessoas em sua base de clientes são pensionistas e servidores federais e, portanto, podem se beneficiar da modalidade

Nubank lança portabilidade de crédito consignado

Índice de Preços ao Consumidor Semanal para 0,32% na chamada terceira quadrissemana de abril, vindo de 0,29% na leitura imediatamente anterior

IPC-S acelera em 6 de 7 capitais na 3ª leitura de abril

A entrega de produtos de madeira caiu 15,8% em base anual, para 879 mil metros cúbicos, e as entregas de papel recuaram 40,8%, para 158 mil toneladas

Stora Enso tem queda de lucro e receita no 1º trimestre com mercado fraco

Resultado é superior àquele registrado um mês antes

Índice de custo da construção da FGV aumenta 0,41% em abril