Política
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Por Raphael Di Cunto e Marcelo Ribeiro, Valor — Brasília


Governadores criticaram a falta de liderança do presidente Jair Bolsonaro no combate à covid-19 ao participarem de audiência pública nesta quinta-feira na comissão do Congresso para acompanhamento da pandemia. Para eles, as orientações do governo, contrárias ao isolamento social, e as trocas de ministros, tornaram o trabalho ainda mais difícil.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), cobrou uma atuação mais direta do governo federal e disse que todos os governadores sentiram a ausência de uma coordenação nacional e também tiveram mais dificuldades pelas declarações e orientações do presidente contrárias ao isolamento social. Ele afirmou, contudo, que ainda é tempo e que Bolsonaro poderia corrigir sua rota e atuar em conjunto com os chefes dos Estados.

“Essa falta de coordenação nacional, a troca de ministros, a politização de medicamentos e do distanciamento social, o enfrentamento provocado pelo presidente acabou dificultando nosso trabalho”, afirmou. “Pregamos comportamento de distanciamento e o presidente da República tem outro comportamento, o dia a dia dele e a prática mostram isso”, criticou, dizendo que, sem o isolamento, o número de mortos no Estado (1,4 mil) teria dobrado.

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), disse que o governo federal fez um esforço do ponto de vista financeiro, de repassar recursos para Estados e municípios, “mas dinheiro não é tudo”. “Precisaríamos de articulação mais presente, mais próxima, uma liderança do governo federal, para conduzir esse momento muito grave. Já falei para o presidente, essa característica de interinidade gera instabilidade. Trocar três ministros da saúde em tão pouco tempo, num período tão grave, não é nada razoável”, criticou.

 — Foto: Pedro França/Agência Senado/Arquivo
— Foto: Pedro França/Agência Senado/Arquivo

Além disso, ele destacou que os Estados vivem dois grandes problemas: falta de medicamentos, até nos hospitais privados, e um “apagão de canetas” por medo dos gestores públicos serem alvo da Polícia Federal e Ministério Público. “Os preços dos medicamentos dispararam e o Ministério Público está abrindo procedimento investigatório por compras 20% ou 30% mais caras, dizendo que é superfaturamento”, afirmou.

O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), afirmou que os Estados estão reunidos e devem finalizar um documento pedindo que o governo federal atue na aquisição dos equipamentos para combate à covid-19, como respiradores. “Os Estados sozinhos estão com muita dificuldades de adquirirem esses equipamentos”, disse.

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