Rio

Pesquisadores do Rio estão em final de concurso mundial de invenções para melhorar o planeta

A final, na qual o Time Tupã competirá com outras quatro equipes, será realizada no Texas (EUA), mas a verba para a viagem ainda não está garantida
Time Tupã está na final do Invent For The Planet Foto: Divulgação
Time Tupã está na final do Invent For The Planet Foto: Divulgação

Um grupo de estudantes do Cefet e da UFRJ está na final de um concurso mundial que busca inovações para melhorar o mundo. O protótipo construído foi de um boné e um bastão para deficientes visuais que avisam a aproximação de obstáculos. A final, na qual o Time Tupã competirá com outras quatro equipes, será realizada no Texas (EUA), mas a verba para a viagem ainda não está garantida.

— Estamos no momento conversando com os professores, as universidade e quem puder. O evento no Texas vai acontecer no final de abril. Então, o tempo é curto — conta o engenheiro mecânico Giovanni Seiji Cozzolino Enokibara, aluno de mestrado do Cefet.

Caso não consigam o dinheiro, o grupo pode perder a vaga na final do evento, chamado Invent For The Planet (algo como Invente pelo planeta). Há dois concorrentes europeus na final (Universidade Aristóteles de Salonica, da Grécia; e Universidade de Swansea, da Suécia) e outros dois americanos (James Madison University e Texas A&M University, instituição que promove a competição). O time brasileiro é formado por seis alunos, que participam de três grupos de pesquisa diferentes. Eles passaram três dias trabalhando no desenvolvimento do projeto. Todo o processo é acompanhado ao vivo pelos organizadores do concurso.

— Foram três dias com períodos de descanso. Na sexta-feira o evento começou às 16h e fomos até às 23h no próprio Cefet. Algumas pessoas foram para casa e outras dormiram pela insituição mesmo. No dia seguinte começamos a trabalhar às 8h e acabamos novamente  por volta das 23h. No domingo, que foi o ultimo dia, tentamos começar um pouco mais cedo pois às 15h precisariamos estar com tudo pronto e apresentar o projeto para os juizes. Não tinha restrição, poderíamos ter trabalhado todas essas horas, mas o descanso foi essencial — conta Luã Guedes Costa, engenheiro mecânico e aluno de mestrado do Cefet de 25 anos.

O equipamento desenvolvido custou pouco mais de R$ 100 a unidade. Eles têm sensores conectados a pequenos motores. Quando os sensores identificam algum tipo de obstáculo, aciona o motor. Cada vez que o usuário se aproxima do obstáculo, o motor gera mais vibração para avisar do perigo.

— Nosso protótipo foi feito utilizando Arduino ligado a sensores de ultrassom e motores de vibração. Os sensores detectam a proximidade do obstáculo e os motores respondem com um sinal de vibração. De acordo com a proximidade, a vibração fica mais intensa, permitindo que o usuário saiba a posição. O protótipo da cabeça tem dois sensores, permitindo que detecte objetos que estejam a direita, esquerda e frente. E os motores respondem de acordo. Já o protótipo de mão tem o motor embutido — afirma Giovanni.