• Redação Galileu
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Templo indonésio fica localizado no topo do Monte Padang (Foto: Danny Hilman Natawidjaja)

Templo indonésio fica localizado no topo do Monte Padang (Foto: Danny Hilman Natawidjaja)

Durante o último encontro da União de Geofísica dos Estados Unidos, ocorrido no dia 12 de dezembro, um grupo de geólogos anunciou a descoberta de uma estrutura milenar na Indonésia. Trata-se de um templo que passou milhares de anos escondido no Monte Padang, localizado na Java Ocidental, a província mais povoada da Indonésia.

A construção faz parte dos destroços encontrados em um sítio arqueológico descoberto no início do século 19, com fileiras de pilares de pedras antigas. Acreditava-se que havia apenas essa construção de superfície, até que mais material foi descoberto abaixo. "É uma grande estrutura", afirma Andang Bachtiar, geólogo independente que supervisionou a perfuração e as análises de solo do estudo, ao site Live Science.

Apesar de parecer uma pirâmide na superfície, os pesquisadores acreditam que, na verdade, a estrutura seja a de um templo. Isso porque, diferente das pirâmides maias, por exemplo, a construção tem um formato alongado e não é simétrica, pois tem um meio-círculo na frente. "É um templo único", descreve Danny Hilman Natawidjaja, cientista do Instituto Indonésio de Ciências que liderou o projeto.

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Descoberta
"A topografia não é como a do restante, que é muito erodida. Ela parece ser mais jovem e, para nós, parecia artificial", afirmou Natawidjaja que, junto com seus colegas, começou a investigar a estrutura.

Camadas encontradas pelos geólogos (Foto: Danny Hilman Natawidjaja)

Camadas encontradas pelos geólogos (Foto: Danny Hilman Natawidjaja)

Os geólogos usaram uma série de técnicas para investigar o local, como levantamentos de radar de penetração no solo, tomografia de raios-X, imagens em 2D e 3D, perfuração de núcleo e escavações. Assim, eles acabaram descobrindo diversas camadas de uma estrutura que se estende por 15 hectares e foi construída ao longo dos milênios, sendo que cada camada representa um período diferente.

No topo de tudo, há pilares de basalto que emolduram os degraus e outros arranjos de colunas que formavam paredes, caminhos e espaços. Esse trecho tem entre 3 mil e 3,5 mil anos, apostam os pesquisadores. 

A 3 metros de profundidade, foi encontrada uma segunda camada de colunas de rocha que podem ter até 8,3 mil anos de idade. Já a 15 metros da superfície, há uma terceria camada que poderia ter entre 9 mil e 28 mil anos. Câmaras subterrâneas também foram identificadas pelos pesquisadores.

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